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Há escolas fechadas neste início de ano letivo e o problema é o mesmo: falta de funcionários

Mário Cruz / Lusa

No arranque do ano letivo, há escolas encerradas no país. O Governo garante que haverá novos funcionários nas escolas ainda durante o mês de setembro. 

Segundo avança a Rádio Renascença na manhã desta segunda-feira, há escolas fechadas neste arranque de ano letivo. A secundária de Mem Martins é uma delas e o motivo é comum a todos os estabelecimentos de ensino: falta de funcionários.

Ouvida pela Renascença, Alzira Lourenço, delegada sindical e funcionária da escola, conta que estudam ali cerca de 1.800 alunos para “14 pessoas a trabalhar”. “Somos 17, mas estamos duas de baixa há bastante tempo e temos ainda uma colega de férias.”

Se fizermos as contas, chegamos à conclusão que são 105 alunos para cada assistente operacional. Como estão apenas 15 a trabalhar, a “quota” de alunos sobe para 120. Além disso, acresce o facto de haver “pessoas que têm posto específico”, como “o bar, a portaria, a papelaria, a biblioteca, a reprografia e não há pessoal” suficiente para tomar conta de todas as crianças.

Este é já o terceiro ano que se realiza este tipo de manifestação na escola secundária de Mem Martins e, segundo Alzira Lourenço, “continuamos na mesma”. No protesto desta manhã na secundária de Mem Martins participaram também alguns assistentes operacionais da secundária de Queluz e da secundária do Cacém, três das nove escolas que este ano passam para a gestão operacional da autarquia de Sintra.

No Porto, na escola básica Eugénio Andrade também não há aulas por falta de auxiliares. A falta de assistentes operacionais é um problema que se arrasta e é comum a várias escolas por todo o país.

À Renascença, a secretária de Estado Adjunta da Educação deu a garantia de que haverá novos funcionários nas escolas ainda durante este mês de setembro. Segundo Alexandra Leitão, o concurso está a decorrer, mas “é um concurso para contratos a tempo indeterminado e isso faz com que seja, nos termos da lei, mais complexo – até porque é para vincular pessoas para sempre, é para dar vínculo ao Estado”.

Demoraram, portanto, um bocadinho mais do que o previsto e em breve os assistentes em falta chegarão ao longo, provavelmente, ainda do mês de setembro ou do início do mês de outubro.”

ZAP //

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