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Centenas de milhares saíram à rua em Barcelona pela independência da Catalunha

Alberto Estevez / EPA

As sondagens mais recentes apontam que os 7,5 milhões de habitantes da região estão divididos de forma equitativa entre os favoráveis à independência da região e os que preferem manter a atual relação com o poder central de Madrid.

Esta quarta-feira, a celebração do Dia da Catalunha levou centenas de milhares de pessoas, incluindo líderes de todos os movimentos independentistas, para as ruas de Barcelona, para participar numa manifestação convocada pela Assembleia Nacional de Catalunha (ANC).

Ao lado do presidente da Generalitat, Quim Torra, cerca de 600 mil pessoas (o número mais baixo desde 2012 nas comemorações do Dia da Catalunha) – muitas delas envergando camisas azul turquesa, cor da região, ou bandeiras com os símbolos da região – reuniram nas ruas de Barcelona desde o meio da tarde, a poucas semanas da leitura de uma sentença de um caso judicial contra 12 dirigentes do movimento separatista.

O feriado de 11 de setembro comemora a queda de Barcelona na Guerra da Sucessão Espanhola, em 1714, tendo-se tornado uma data privilegiada para os grandes comícios dos movimentos separatistas da Catalunha.

As sondagens indicam que os 7,5 milhões de habitantes da região estão divididos de forma equitativa entre os favoráveis à independência da Catalunha e os que preferem manter a atual relação com o poder central de Madrid.

O primeiro-ministro interino da Espanha, Pedro Sánchez, que tem procurado atenuar as tensões do Governo de Madrid com a Catalunha, desde que assumiu o poder, escreveu no Twitter que este deve ser “um dia para todos os catalães“, referindo-se a esta clivagem política na região, pedindo “coexistência harmoniosa, respeito e compreensão”.

A manifestação deste ano acontece no momento em que uma dúzia de líderes da tentativa fracassada de secessão da Catalunha, em 2017, aguardam um veredicto do Supremo Tribunal, sob várias acusações, que incluem a rebelião.

Por esse crime, se vierem a ser condenados, poderão passar vários anos na prisão, o que poderá provocar protestos públicos na Catalunha, apesar de o movimento independentista estar a passar por um momento difícil de apoio popular.

ZAP // Lusa

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