Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira e recandidato às eleições, concedeu uma entrevista ao jornal Expresso, na qual disse que “António Costa é um Sócrates de segunda”.
O PSD continua com o seu domínio na Madeira e procura a renovação, naquela que Miguel Albuquerque considera ser uma “conciliação entre história e novas gerações”. Questionado se tinha medo de perder as eleições, após ter sido acusado de “andar com as calças na mão” pelo líder do PS-Madeira, Albuquerque negou.
“Não. Eu nunca andei de calças na mão. Mas há uma evidência nestas eleições: o verdadeiro adversário do PSD na Madeira é António Costa“, atirou o presidente do Governo Regional madeirense.
Sem medo de reconhecer “a obra e a liderança de Alberto João Jardim”, Miguel Albuquerque garante que o seu regresso nada tem a ver com o medo de perder o poder. Apesar das divergências pontuais entre os dois, “só uma pessoa com excesso de arrogância pode ignorar o peso que ele teve na liderança da Madeira”.
Convidado a responder à acusação de Costa, que o chamou um Alberto João Jardim de segunda, Miguel Albuquerque retribuiu na mesma moeda: “António Costa é que é um Sócrates de segunda”.
Após os resultados menos positivos nas autárquicas de 2017, o líder social-democrata justifica que tudo se deveu a um rejuvenescimento nos quadros. “Quando o eleitorado dá um sinal, temos de perceber”, atirou.
Albuquerque falou ainda da “mexicanização” do regime, com a “arrogância de Costa” que falou na possibilidade do PS fazer o pleno na Madeira e conseguir uma vitória nas europeias, regionais e legislativas. Contudo, o PSD venceu o primeiro round, ao superar o PS na eleições europeias nesta região autónoma.
“A Madeira é a única que combate o António Costa e desmistifica as mentiras, porque a ‘geringonça’ é um logro. Anda tudo com paninhos quentes, com medo do António Costa, da extrema-esquerda e dos trotskistas reconvertidos, mas nós aqui não temos medo”, disse, ao Expresso.
Em relação ao seu adversário nas próximas eleições legislativas, disse que era “uma espécie de D. Sebastião de plástico, uma barriga de aluguer do António Costa“. O social-democrata mostra-se confiante e, se ganhar as eleições sem maioria absoluta, garante que não faz coligações à esquerda.
Sobre uma possível coligação com o CDS, Miguel Albuquerque realça que os centristas têm de se decidir. “É preciso que a liderança do CDS assuma o que quer, porque num dia o líder do CDS diz uma coisa, noutro dia há elementos da sua lista que dizem outra”, disse.
Confrontado com o boato que o dava como consumidor de drogas, disse ter sido alvo de uma “campanha organizada pelas agências de comunicação ao serviço do PS”. Albuquerque desmentiu e atirou que “uma política ignóbil não deve ter lugar numa democracia”.
Em caso de uma vitória socialista, o política defende que a liberdade dos madeirenses fica em causa. “O PS não tem fibra, não tem quadros nem coragem para defender a Madeira perante Lisboa”, justificou.
Isto dito por um Jardim de terceira, quando a dívida e o nível de corrupção “estatal” na Madeira é o que se conhece, é que um elogio!…
É impressão minha, ou este Miguel Albuquerque tem um ar meio alucinado…?