Os recém-licenciados que estão agora a entrar no mercado de trabalho fazem parte da geração mais digital de sempre e nem todos os países conseguem dar resposta às necessidades destes jovens.
Num ranking com 110 cidades, Londres, Estocolmo, Los Angeles, Toronto e Nova Iorque são consideradas as mais atrativas para esta geração, nascida entre meados dos anos 1990 e 2010, conhecida como a Geração Z. O índice divulgado esta quarta-feira foi criado pela Nestpick, uma empresa agregadora de anúncios de casas para arrendar.
No topo do ranking surgem as cidades de Londres (Reino Unido), Estocolmo (Suécia), Los Angeles (Estados Unidos), Toronto (Canadá) e Nova Iorque (Estados Unidos).
O facto de Londres conseguir dar resposta em termos de igualdade de género e orientação sexual, promoção de sustentabilidade ambiental, acesso a cuidados de saúde, nível de segurança e direito ao protesto vale-lhe a maior pontuação. A isso soma-se a disponibilidade de atividades culturais como concertos, a existência de espaços de co-working e o nível de empreendedorismo social.
Já o nível de conectividade e a digitalização da banca são dois casos em que a cidade de Estocolmo aparece entre as cinco melhores de todo o mundo. Berlim é a única cidade que surge entre as melhores 10 e que está fora das 50 cidades com custo de vida mais alto.
Nesta longa lista, as cidades de Lisboa e do Porto surgem fora dos primeiros 50 lugares: Lisboa ocupa a 58ª posição e o Porto a 73ª. A cada uma das 110 cidades incluídas neste índice, metade das quais europeias, foi atribuída uma pontuação com base num conjunto de 22 indicadores de áreas diversas, desde o nível de digitalização, à conectividade, segurança, igualdade de género ou acesso à Saúde.
As cidades de Lisboa e do Porto estão entre as 13 de todo o mundo onde é totalmente garantido o direito ao protesto, um dos itens considerados para a avaliação de cada local. O baixo custo de vida também dá às duas cidades portuguesas uma boa avaliação, assim como o nível de digitalização dos serviços públicos e investimento em telecomunicações, a ação das instituições públicas para promover a sustentabilidade ambiental e ainda o acesso à Saúde.
Já na capacidade de resposta do mercado dos videojogos, seja pelo número de empresas deste sector ou pelas plataformas de distribuição de videojogos digitais, a pontuação de Lisboa e do Porto é mais baixa. O mesmo acontece quanto ao número de empresas ligadas à inteligência artificial, por exemplo.
No extremo oposto da lista está Lagos (Nigéria), Casablanca (Marrocos), Muscat (Omã), Jacarta (Indonésia) e Nova Deli (Índia) que surgem listadas como as piores cidades para os jovens destas idades.
Os jovens que fazem parte desta geração já nasceram na era digital e “valorizam a segurança, diversidade e autonomia, que procuram alcançar de forma pragmática e determinada”, de acordo com a Nestpick, que procura com este estudo perceber a evolução demográfica das cidades e a procura desta geração.
O ano de 1996 é, de acordo com o Expresso, considerado pelo Pew Research Center como ponto de separação entre esta geração e a anterior, a Geração Y – conhecida como a dos Millennials -, por conseguir separar duas fases sociais, políticas e tecnológicas distintas.
E Cruz de Pau?!