Tiago Petinga / Lusa
O Presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque
Para Miguel Albuquerque, Paulo Cafôfo, candidato do PS às eleições regionais, não é o seu principal adversário na luta pela liderança do executivo. Esse lugar está reservado para António Costa.
Em entrevista à Rádio TSF, o presidente do Governo Regional da Madeira rejeitou que Paulo Cafôfo, candidato do PS às eleições regionais, seja o seu principal adversário na luta pela liderança do executivo. Para Miguel Albuquerque, esse lugar está reservado ao secretário-geral socialista, António Costa.
“O meu adversário principal é António Costa. Ele disse que estava obcecado. Paulo Cafôfo é a barriga de aluguer de Costa para Costa mandar na Madeira”, disse.
Durante a entrevista, o social-democrata teceu duras críticas ao mandato do candidato do PS na Câmara do Funchal. “Os funchalenses foram enganados. A cidade hoje é um desgoverno total. A cidade está muito mais suja, está desorganizada, o urbanismo está parado, não se veem investimentos da autarquia. Na verdade, são festas, conversa fiada e ninguém assume responsabilidades.”
Questionado sobre se prefere manter a maioria absoluta na Madeira, Miguel Albuquerque preferiu uma “maioria confortável“. “Maioria absoluta parece que vamos mandar nisto tudo. Digo maioria confortável para as pessoas perceberem que a estabilidade política e o quadro parlamentar de maioria suscita a governabilidade.”
As críticas estenderam-se ainda ao Governo liderado pelo socialista António Costa, “que não ajudou em nada a Madeira”. “Foi o principal problema. Tivemos três anos à espera da revisão do subsídio e não veio. Tivemos compromissos relativamente à reabilitação dos incêndios que não foram cumpridos, em 30 milhões de euros.”
“Estamos a continuar a ser explorados, roubados, de forma descarada nos juros que estamos a pagar ao Estado, que está a ganhar 12 milhões de euros por ano à custa dos contribuintes da Madeira”, acusa o líder do PSD Madeira.
“O senhor primeiro-ministro quando veio aqui em campanha em 2015 disse que era uma vergonha os juros que a Madeira estava a pagar. Quando chegou ao Governo não reduziu”, rematou, apontando o dedo ao primeiro-ministro.
