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Metade do país esteve sem helicópteros do INEM no fim de semana

Tiago Petinga / Lusa

Metade do país ficou sem os helicópteros do INEM na noite do último sábado, causado pela avaria do héli de Loulé e o excesso de horas da equipa de pilotos responsável pelo héli de Évora.

De acordo com o Correio da Manhã, o Hospital de Faro e de Portimão tiveram pedidos não correspondidos no transporte de vítimas graves e o INEM responsabiliza a empresa fornecedora dos helicópteros e pilotos, Babcock.

No primeiro caso, a vítima de um acidente de viação, em Aljezur, teve de ser transportado por via terrestre na mesma noite. No segundo caso, em Portimão, o homem que foi atacado pela mulher com um machado teve de esperar pela retomada dos serviços de transporte aéreo do INEM até à manhã seguinte.

O héli de Loulé sofreu uma avaria de pequeno porte e teve de passar por uma manutenção não agendada, que o tirou de circulação entre as 21h00 e 00h00.

Por outro lado, o CM conta que o caso de Évora, que teve a aeronave inoperacional entre as 2h00 e 6h00, é recorrente. A equipa de pilotos contabilizou excesso de horas na noite anterior, e não existia outra equipa para substituí-los, o que já foi registado diversas vezes.

Apenas dois dos quatro helicópteros ficaram operacionais durante este período, o de Santa Comba Dão e o de Macedo de Cavaleiros, ambos a norte do país.

Tanto as manutenções quanto “os períodos de inoperacionalidade por excesso de horas dos pilotos são de inteira responsabilidade da Babcock”, disse o INEM em comunicado ao CM.

Durante o período de 19 a 22 de agosto, as aeronaves do INEM atuaram 13 vezes, contudo, somente no dia 15 de agosto, os alertas foram acionados seis vezes, segundo o site desta força. Entre os serviços prestados, está o transporte de órgãos, e desde o momento da substituição do héli avariado de Loulé, na segunda-feira, já foram feitos três transportes de vítimas, dois para um hospital de Lisboa, e outro para Almada.

O INEM confirmou que os helicópteros estiveram inoperacionais, mas refere que os pacientes estiveram sempre acompanhados pelas equipas médicas que os estabilizaram.

ZAP //

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