Dois motoristas foram esta tarde detidos na zona de Aveiras de Cima (Lisboa) e foram escoltados, detidos, para a empresa de transportes em que trabalham para realizar os serviços decretados pelo governo, declarou aos jornalistas o porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, Pardal Henriques.
“Foram detidos em casa para virem às instalações da empresa, senão seriam levados para a esquadra. Vieram falar com a empresa”, afirmou este responsável sindical, dizendo que tem informações que a lista de trabalhadores que pode estar sob perigo de detenção chega aos 50 nomes.
Ao terceiro dia de greve, o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) lançou “um desafio público” à Antram. “Queria lançar um desafio público ao dr. André Almeida, à Antram, para que amanhã às 15h00 possa estar na DGERT (Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho) para falar connosco, para que nos sentemos à mesa e encontremos uma proposta que agrade às duas partes para fazer terminar isto”, disse o advogado que representa o SNMMP, Pardal Henriques que falou numa “conciliação”, mas sem cancelar a greve.
A proposta do porta-voz do sindicato para que haja o retomar das negociações foi lançada aos patrões esta quarta-feira, junto à Companhia Logística de Combustíveis, em Aveiras de Cima, onde está concentrado um piquete de greve. Para Pardal Henriques, é preciso “terminar com esta palhaçada”.
Aos jornalistas, referiu que se não se encontrar “uma solução para resolver o problema, a tendência é para piorar, é para o caos aumentar” porque “os postos de gasolina vão começar a ficar secos e a revolta das pessoas vai aumentar”. Defende que a possibilidade de alargar a requisição civil, assumida pelo Governo esta quarta-feira, é “acabar completamente” com o direito à greve.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que um eventual incumprimento dos serviços mínimos, como ameaçado pelo sindicato, obrigará o Governo alargar a requisição civil.
O Ministério do Trabalho disse que a Direção-geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) está “naturalmente disponível” para acolher uma eventual reunião na quinta-feira entre os sindicatos dos motoristas e a associação patronal Antram.
O Ministério do Ambiente e da Transição Energética anunciou há momentos que os serviços mínimos “foram genericamente cumpridos” até às 19h00 desta quarta-feira e que, por isso, não é necessária, “neste momento, a revisão dos termos da requisição civil em vigor”.
Segundo o ministério tutelado por Matos Fernandes, “os únicos casos de incumprimento dos serviços mínimos registados prendem-se com o transporte de JET para os aeroportos de Lisboa e de Faro, situações que já estão abrangidas pela requisição civil em vigor”.
Neste momento, segundo o MATE, há 18 equipas das Forças de Segurança e das Forças Armadas a fazer o transporte de combustível para o aeroporto de Lisboa e seis equipas da GNR a fazer serviço idêntico para o aeroporto de Faro.
Rio acusa Governo de dramatismo
O líder do PSD, Rui Rio, manifestou-se esta quarta-feira sobre a “gestão política do Governo face à greve dos motoristas, que já dura há três dias, numa publicação no Twitter.
De acordo com o presidente social-democrata, o Executivo de António Costa “em lugar de ajudar a resolver o conflito, optou por o dramatizar, na esperança de, através dele, conseguir dividendos políticos”.
Na mesma mensagem, Rui Rio faz saber que o seu vice-presidente, David Justino, irá dar uma conferência de imprensa, às 18h00, sobre a greve dos motoristas, que se iniciou esta segunda-feira.
O PSD tem sido criticado pelo silêncio nos últimos dias face ao protesto dos motoristas e aos últimos desenvolvimentos, com a requisição civil decretada pelo Governo, o incumprimento de serviços mínimos e o extremar de posições.
É oficial: a República Socialista Boliveriana de Portugal existe!
Assim mesmo Antonio Costa. Primeiro está o País e o povo. Depois vêm as greves!
Qual país? O da família, amigalhaços e correlegionários?!
Eu nesse não quero viver!
Até agora as greves eram…
Enfim. Até me dá asco escrever.
Honestamente.
Greves só funcionários públicos podem fazer aliás estão o ano todo!!
então mas a polícia trabalha para os senhores da Antram ??
nãp deviam ter levado os motoristas à presença de um juíz para se averiguada a o terem incurrido de um crime de desobidiência ??
Grande país, este mesmo…
Ah?!
Foi lhes dada a hipótese de, ou irem trabalhar ou a tribunal – escolheram ir trabalhar, portanto tudo correcto!
A ideia é resolver os problemas, não os agravar!…