O deputado Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, enviou na segunda-feira a empresários o projeto que pretende levar a Washington caso seja nomeado embaixador dos EUA, procurando agora o apoio do Senado.
Numa reunião com empresários em São Paulo, Eduardo Bolsonaro enumerou algumas das suas mais-valias para o cargo e apelou aos executivos da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), a maior entidade de classe da indústria do país, a conversar com os senadores, de forma a convencê-los dos benefícios que a sua nomeação traria para a economia brasileira.
O deputado parlamentar de 35 anos foi proposto pelo seu pai para o cargo de embaixador em Washington e já recebeu o apoio oficial norte-americano. Porém, para assumir o cargo, o terceiro filho do chefe de Estado brasileiro necessita ainda de ser oficialmente nomeado e contar com o apoio do Senado.
“Dependo do apoio do Senado Federal. Tenho o apoio dos senhores e, caso vocês tenham algum contacto com os senadores, digam-lhes que essa abertura que tenho junto da Casa Branca vai acelerar e muito os acordos comerciais e, em outros setores que lhes interessam”, disse Eduardo Bolsonaro, o deputado mais votado nas eleições legislativas de outubro passado.
Segundo o deputado, um dos seus objetivos como embaixador será apresentar nos Estados Unidos as “bandeiras económicas” promovidas pelo novo Governo.
“São essas as bandeiras que eu quero levar aos EUA. E dizer-lhes que ocorreu uma mudança no Brasil, que não foi só na questão da corrupção, mas também no pensamento económico”, acrescentou Eduardo Bolsonaro.
O deputado, que é também presidente da Comissão de Relações Exteriores na Câmara baixa, citou o acordo de livre comércio assinado em junho passado entre a União Europeia e o Mercosul como forma de “derrubar barreiras”, e lembrou que os Estados Unidos já expressaram a sua intenção de assinar o seu próprio acordo com o Brasil.
O filho do Presidente brasileiro reuniu-se na segunda-feira com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e com o restante conselho de administração e, posteriormente, jantou com empresários que possuem interesses nos Estados Unidos.
Enquanto Eduardo Bolsonaro procura por apoios, o Ministério Público Federal (MPF) do Brasil informou na segunda-feira que entrou com uma ação civil pública contra a indicação do deputado para a embaixada do país em Washington.
O MPF citou a falta de experiência do filho do Presidente para o cargo e pediu que o Governo tenha em conta determinados critérios ao fazer uma nomeação, incluindo reconhecido mérito em atividades diplomáticas e, pelo menos, três anos de experiência nessa área.
A iniciativa foi motivada após terem chegado dezenas de pedidos ao MPF, questionando a intenção do Governo brasileiro em indicar o deputado (membro da câmara baixa parlamentar) Eduardo Bolsonaro ao cargo de embaixador do Brasil na capital dos Estados Unidos.
Além do pedido de providência cautelar para garantir o cumprimento dos requisitos de experiência e de preparação prévia do indicado a cargo de embaixador do Brasil, os procuradores solicitaram à Justiça que seja imposta multa diária ao Governo brasileiro, caso estes critérios não sejam atendidos.
Para assumir o cargo de embaixador, Eduardo Bolsonaro, de 35 anos, terá de renunciar ao mandato de deputado e terá ainda de passar por uma audição (sabatina) no Senado brasileiro (câmara alta parlamentar), responsável por aprovar a indicação dos embaixadores brasileiros, e que poderá impedir a nomeação.
// Lusa
Segundo ele, é a pessoa indicada para o cargo, não por ser filho do presidente, mas pela sua experiência, e argumenta “já fiz intercâmbio, já fritei hamburger no frio do Maine lá no alto da montanha onde aprimorei o meu inglês”.
Só não se sabe se ele está se candidatando para embaixador, ou empregado do McDonalds.
Quanto ao inglês, claramente não aprimorou o suficiente, porque numa entrevista de um canal de TV americana, gaguejou meia dúzia de patacoadas até lhe faltar o vocabulário (ou as idéias), e soltou um “caralho, deu branco”.
Os brasileiros de bom senso têm razão para se preocupar. Os outros, talvez não se importem de ser representados no exterior desta maneira. No fundo o Eduardo é um deles.