A marca italiana Versace e a sua diretora artística, Donatella Versace, pediram este domingo desculpas à China por terem colocado à venda umas t-shirts onde os territórios de Hong e Kong e Macau eram identificados como países independentes.
De acordo com as declarações oficiais, as blusas foram retiradas do mercado no passado dia 24 de julho e todos os exemplares que não tinham sido vendidos foram destruídos.
“A Versace reitera que gosta profundamente da China e respeita absolutamente o território e a soberania nacional da China”, afirma a marca no seu comunicado. As t-shirts em causa tinham o nome de várias cidades que eram referidas em conjunto com os seus países. Por exemplo: “Nova Iorque – EUA” e “Pequim – China”. Mas, também, mas erradamente: “Hong Kong – Hong Kong” e “Macau – Macau”.
A imagem das blusas espalhou-se rapidamente pelas redes sociais, com muitas críticas, especialmente de chineses. Depois da administração portuguesa, Macau é desde 1999 uma Região Administrativa Especial da China. O mesmo acontece com Hong Hong que, depois de ser uma colónia britânica, passou para a soberania chinesa em 1997.
Num momento em que as relações entre Hong Kong e a China estão complicadas, a comercialização de uma blusa com a legenda poderia ser vista como uma tomada de posição política contra a soberania chinesa.
Para deixar claro que se tratou de um erro, este domingo, Donatella Versace, irmã do fundador da marca, Gianni, emitiu um comunicado em que dizia: “Nunca quis desrespeitar a soberania nacional da China e é por isso que quero pedir pessoalmente desculpa por este erro e por qualquer problema que ele possa ter causado”.
Entretanto, Yang Mi, uma das mais conhecidas atrizes de Hong Kong, anunciou que iria terminar o seu contrato com a Versace.
Pedir desculpa à China que é uma ditadura só pode ser uma afronta …