O Benfica assegurou este domingo a presença na final da Taça da Liga de futebol, que irá disputar com o Rio Ave, ao vencer na visita ao FC Porto, ao desempatar nas grandes penalidades (4-3) o “nulo” no tempo regulamentar.
O FC Porto apenas de tem de se queixar de si próprio por não marcar presença na final de Leiria, a 07 de maio, dado que dispôs de uma mão cheia de oportunidades de golo, a maior parte das quais desperdiçadas por Jackson Martinez, frente a um Benfica reduzido a 10 desde os 31 minutos.
O “clássico” começou com um minuto de silêncio em homenagem ao ex-adjunto portista e da seleção portuguesa Hernâni Gonçalves, que morreu na sexta-feira, e com a exibição da frase “O FC Porto é um estado de alma” da autoria do desaparecido “Professor Bitaites”.
O FC Porto apresentou-se na máxima força, dado o regresso de Fernando e Quaresma ao “onze”, tendo como referência a vitória com o Rio Ave (3-0), enquanto o Benfica, comparativamente ao triunfo frente à Juventus (2-1), surgiu com seis alterações.
A escassos dias de se deslocar ao recinto dos italianos, para a segunda mão das meias-finais da Liga Europa, Jorge Jesus entrou em poupanças frente ao FC Porto e deixou no banco Maxi Pereira, Garay, Enzo Perez e Markovic.
O FC Porto, após travar o ímpeto inicial dos “encarnados”, cedo assumiu o controlo do jogo e dispôs de três lances de perigo junto à baliza de Oblak, que podiam ter dado em golo.
Jackson Martinez, aos nove minutos, com um cabeceamento por cima da baliza de Oblak, e Varela, aos 14, com um remate em desequilíbrio, na sequência de cruzamentos de Herrera, foram os primeiros a deixar de sobreaviso a equipa do Benfica.
O FC Porto esteve perto de marcar por Jackson Martinez, aos 20 minutos, com um desvio por cima da baliza de Oblak, na sequência de um centro de Herrera após um roubo de bola a Steven Vitória, um dos cinco portugueses no “onze” inicial do Benfica.
O avançado colombiano dos “dragões”, aos 25 minutos, não conseguiu ultrapassar a “mancha” de Oblak, o belga Defour, aos 27, atirou ao lado após mais uma boa jogada do mexicano Herrera antes de, aos 31, o Benfica ficar reduzido a 10 por expulsão de Steven Vitória, por derrube a Jackson.
Tal como no último “clássico”, para a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal – que os “encarnados” venceram por 3-1 afastando o FC Porto -, o Benfica ficou em desvantagem numérica no relvado.
Óscar Cardozo, aos 36 minutos, cobrou um livre muito por cima da baliza defendida por Fabiano e escassos minutos volvidos, uma vez mais Jackson Martinez, depois de ultrapassar a defesa do Benfica, voltou a desperdiçar um golo quase certo.
O frenesim de oportunidades abrandou no início da segunda parte em que só aos 58 minutos a bola rondou com perigo a baliza de Oblak, que correspondeu com segurança a um remate de Varela.
Jackson, aos 65 e 67 minutos, voltou a procurar o golo, de cabeça, mas o melhor marcador da I Liga voltou a errar a baliza do Benfica, para desespero dos adeptos portistas.
Com o encontro a entrar nos minutos finais do tempo regulamentar, o Benfica começou a pensar decidir a eliminatória nas grandes penalidades, mas mesmo assim dispôs aos 84 minutos de uma situação de perigo por Ivan Cavaleiro, resolvida por Maicon.
Já no período de descontos, o FC Porto criou ainda uma nova situação de perigo para a baliza “encarnada”, resolvida por Oblak com um arrojado “mergulho” a roubar a bola aos pés de Ghilas.
No desempate através da marcação de grandes penalidades, levou a melhor o Benfica, que marcou por Siqueira, Jardel, Enzo Perez e Ivan Cavaleiro. Pelo FC Porto marcaram Quintero, Ghilas e Varela.
MR, Futebol 365 / Lusa