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Consumo de carnes vermelhas associado a morte prematura

Desde há muito tempo que os médicos alertam para os perigos inerentes ao consumo de carnes vermelhas. Agora, um novo estudo associa o consumo deste tipo de carnes a uma morte prematura.

O consumo de carne vermelha e carne processada está associado a diferentes tipos de problemas de saúde como diabetes, doença coronária e até mesmo alguns tipos de cancro. Para agravar a situação, a ONU constata que o consumo de carne tem crescido nos últimos anos.

Agora, um estudo publicado semana passada na revista The BMJ vai um passo mais longe e destaca que o consumo de carnes vermelhas — especialmente de carne processada — está mesmo associado a um maior risco de morte prematura.

A investigação teve como base homens e mulheres americanos e constatou que um consumo acrescido de carnes vermelhas durante oito anos leva a que haja uma maior risco de morte dentro dos próximos oito anos. Naqueles em que não se registou um aumento na dieta, o risco era menor.

Além disso, o risco era ainda menor quando se diminuía o consumo de carnes vermelhas e se aumentava o consumo de alternativas mais saudáveis. Alimentos como nozes, peixe, aves, laticínios, ovos, grãos integrais ou vegetais — aliados a uma redução no consumo de carnes vermelhas — mostraram ser benéficos para a saúde.

O Tech Explorist explica que um aumento no consumo de carne processada em meia dose diária ou mais está associado um risco 13% maior de mortalidade por variadas causas. O risco é de 9% quando a carne não é processada. No mesmo sentido, havia uma maior propensão a doenças cardiovasculares, respiratórias e neurodegenerativas.

“Este estudo de longo prazo fornece mais evidências de que a redução do consumo de carne vermelha enquanto se come outros alimentos proteicos ou mais grãos integrais e vegetais pode reduzir o risco de morte prematura. Para melhorar a saúde humana e a sustentabilidade ambiental, é importante adotar um estilo mediterrâneo ou outras deitas que enfatizem os alimentos vegetais saudáveis”, explicou Frank Hu, um dos autores do estudo.

ZAP //

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