A escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís morreu, de acordo com Isabel Rio Novo, a biógrafa não-autorizada da autora. Para já, ainda não se sabe a causa da morte da escritora que tinha 96 anos.
A escritora encontrava-se em sua casa, no Porto, e terá sido vítima de doença prolongada, segundo avança a TSF.
A missa de corpo presente irá realizar-se esta tarde, a partir das 16h00, na Sé do Porto. O funeral acontece esta terça-feira, no Peso da Régua.
Agustina Bessa-Luís, cujo verdadeiro nome era Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa, nasceu a 15 de outubro de 1922, em Amarante.
Em 1932 foi para o Porto estudar, onde passou parte da adolescência, mudando-se para Coimbra em 1945, e, a partir de 1950 fixa definitivamente a sua residência no Porto.
Agustina casou-se em 25 de julho de 1945, na cidade do Porto, com o estudante de Direito Alberto Luís, que conheceu através de um anúncio no jornal O Primeiro de Janeiro, publicado pela escritora, no qual procurava uma pessoa culta com quem se corresponder. Do seu casamento teve uma única filha, Mónica Bessa-Luís Baldaque, museóloga, pintora e autora de vários livros.
Foi em 1954, com a publicação de A Sibila, que Agustina se impôs como uma das grandes vozes da literatura portuguesa contemporânea. O sucesso da obra fez com que recebesse o Prémio Eça de Queirós (atribuído anualmente pelo Secretariado Nacional de Informação, o antigo Secretariado de Propaganda Nacional).
Desde julho de 2006, pouco depois de terminar a sua última obra, A Ronda da Noite, que Agustina Bessa-Luís deixou de escrever e se retirou da vida pública, devido a razões de saúde. Agustina tinha 81 anos e mais de 50 livros publicados, um número impressionante dentro do panorama literário português.