No dia em que Passos Coelho entrou na campanha do PSD, Paulo Rangel recuperou o fantasma José Sócrates e Pedro Marques fugiu de polémicas. Enquanto isso Nuno Melo atirou-se aos velhos parceiros do PSD. Assim foi o oitavo dia de campanha na recta final para as europeias.
Num dia em que houve o último debate televisivo antes das eleições europeias do próximo domingo, Pedro Marques abrandou a campanha, limitando-se a uma visita à agro-indústria Estêvão Luís Salvador, em Almargem do Bispo, Sintra, onde defendeu questões “ambientais” como a “sustentabilidade energética” pelo uso de energias renováveis.
Pelo meio Pedro Marques teve um encontro casual – ou não! – com a eurodeputada Ana Gomes no Café Saudade e ouviu elogios de Basílio Horta que lhe chamou “ministro” para notar que “conseguiu fazer o que fez sem dinheiro” na linha de Sintra. Curiosos encontros com dois críticos habituais do próprio PS que optaram, desta feita, pelos elogios ao cabeça de lista do PS.
E numa altura em que há mais uma polémica com a atribuição de fundos comunitários, envolvendo uma deputada do PS que terá recebido estes apoios irregularmente, Pedro Marques escapou da chuva de perguntas dos jornalistas. “Tudo tem de estar sempre em pratos limpos quanto à utilização regular dos fundos europeus”, considerou.
Rangel diz que PSD “não precisa de esconder” ex-líderes
O cabeça de lista social-democrata, Paulo Rangel, aproveitou a presença de Passos Coelho na campanha do PSD para notar que o seu partido “não precisa de esconder” os seus antigos líderes, ao contrário do PS. É o fantasma Sócrates, mais uma vez, a entrar na campanha.
“Nós não temos nenhum receio nem estamos incomodados nem temos nenhum problema, nem nenhum tabu, em trazer os nossos antigos líderes à campanha”, apontou Rangel num almoço com apoiantes em Bicesse, Lisboa. “Para nós isso é normal, porque o legado do PSD é um legado bom para o país e é um legado do qual nos orgulhamos e não temos vergonha”, acrescentou.
“Eles vieram criticar-nos porque Pedro Passos Coelho, com o legado que trouxe para Portugal e para a Europa, mostrou como os interesses nacionais não têm de colidir com os interesses europeus”, disse ainda Rangel sempre com a bitola apontada ao PS.
Nuno Melo ataca PSD – “a muleta de Costa”
O candidato do CDS, Nuno Melo, rompeu a trégua com o antigo parceiro de coligação, o PSD, considerando “um insulto” que se fale em voto fútil relativamente aos centristas nas europeias, como fez Paulo Rangel. “Em democracia não há votos fúteis”, sublinhou depois de almoçar uma massada de peixe com pescadores, no porto de Setúbal.
Atirando-se a Rangel, Nuno Melo frisou que o país precisa de uma “alternativa” que não seja “nem parceiro nem muleta ao dr. António Costa“. “Em termos de utilidade, para quem faz oposição ao PS, voto útil e comprovadamente de oposição só no CDS”, concluiu.
Depois de ouvir as dificuldades dos que vivem da pesca artesanal, em Setúbal, Nuno Melo propôs um aumento da quota para este tipo de pesca, dependendo de estudos científicos quanto à sustentabilidade das espécies a capturar.
Bloco não desiste da “batalha” na Saúde
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, apelou ao voto de “quem foi enganado pela direita“, dos que “votaram em PSD e CDS e se sentiram traídos porque lhes cortaram as pensões, porque os insultaram, porque lhes cortaram salário, porque lhes cortaram futuro”.
Num jantar no Entroncamento, distrito de Santarém, Catarina Martins apelou ainda ao voto “dos mais jovens” para colocarem a “emergência climática na agenda política”. “Votem pelo salário dos vossos pais, votem pela pensão dos vossos avós, votem por quem ainda não pode votar, votem pelo planeta e pelo futuro”, pediu.
A coordenadora do BE criticou também o alarmismo que alguns partidos querem criar sobre a proposta dos bloquistas para o fim das PPP na saúde, defendendo que num debate sério “toda a gente” percebe que estas parcerias são lesivas e garantindo que o seu partido “nunca desiste de uma batalha” e que vai prosseguir o combate por “uma melhoria da vida concreta das pessoas”.
Jerónimo atira-se ao “ilusionista” Passos Coelho
O secretário-geral do PCP considerou durante uma arruada em Torres Vedras, no distrito de Lisboa, que Passos Coelho “tem pouco com que se gabar, tendo em conta o que fez ao nosso povo”, reagindo às críticas que dirigiu ao actual Governo, acusando-o de ser “ilusionista”.
“Não se liberta da política que infernizou a vida a milhões de portugueses, com as sequelas de desemprego, emigração, injustiça e empobrecimento”, disse Jerónimo de Sousa, notando que “nunca pensou ouvir” de Passos Coelho as críticas, que o antigo primeiro-ministro fez ao actual Governo, lembrando que o executivo PSD/CDS-PP foi responsável pelo “aumento de uma carga fiscal brutal sobre quem trabalha”.
Já os últimos quatro anos da solução governativa “não foram uma ilusão”, defendeu, apontando que “foram dados passos importantíssimos na reposição de rendimentos e direitos”, exemplificando com o aumento dos salários e das pensões e reformas, a reposição de feriados, a gratuitidade dos manuais escolares e o abono de família.
Aliança quer criar uma eurorregião ibérica
O cabeça de lista do Aliança, Paulo Sande, defendeu, numa acção de campanha em Castelo Branco, que é preciso convencer a Comissão Europeia a apostar na criação de uma macrorregião ibérica, uma “solução” para os problemas do interior, apontou.
Em declarações aos jornalistas durante uma viagem de barco no rio Tejo, em Malpica do Tejo, distrito de Castelo Branco, o candidato do Aliança defendeu que essa macrorregião ibérica pode surgir “eventualmente nas bacias do Tejo Internacional ou do Guadiana, uma zona obviamente alargada um bocadinho como acontece com a macrorregião do Danúbio, por exemplo”.
Falando da desertificação, Sande notou que “um país não pode estar tão desequilibrado como Portugal está”, realçando que é preciso “atacar verdadeiramente o problema”.
LIVRE defende fim das empresas de trabalho temporário
Numa acção de campanha junto à Torre de Belém, o candidato do LIVRE, Rui Tavares, abordou os problema dos abusos laborais nos call centers para defender o fim das empresas de trabalho temporário a nível europeu. Também se manifestou contra os estágios não remunerados e realçou a importância de assegurar um rendimento horário garantido para acabar com os falsos recibos verdes.
Atirando-se a PSD e CDS, sublinhando que não “fizeram nada, nem em 2013, nem em 2014, nem em 2015, nem até agora”, Rui Tavares sustentou ainda que “a abstenção é um sintoma das elites políticas que em Portugal nunca falam da questão europeia na vertente de um debate eleitoral esclarecido”. “Há uma doença nos partidos do sistema“, realça, frisando que votar na extrema-direita não é a solução.
ZAP // Lusa
Não precisa de esconder?Pois é a falta de vergonha faz isso, mas nós não esquecemos!!!
Nós não esquecemos aquilo que passámos devido à hipoteca de Portugal à troika, que nos deu o partido socialista, pela mão do seu líder.
Não sei se esquecem o coelho ‘que agora saiu da toca’.
O coelho está a adoptar a estratégia do padrinho anibal, depois de fazer m_rda como PM desaparece e anos depois ressuscita e candidata-se a PR…e ganha…e por duas vezes. (apareceu mais cedo por causa das €uropeias)
O povinho só tem memoria para assuntos de fátima e de futebol, e ainda há aquela máxima “quanto mais me bates mais gosto de ti”
“…depois de fazer m_rda como PM desaparece…” tanto assim foi que conseguiu reduzir um défice de 11% para 3%. E no final de todos os sacrifícios que pediu ao país, ainda foi o mais votado.
O seu problema, caro Mitra, é que a sua mitra está a tapar-lhe os olhos impedindo-o de ver a realidade.
Pela sua ordem de ideias quem terá estado bem terá sido o 44 e o resto do gangue.
Melhor era impossível. A Mitra decididamente caiu-lhe para os olhos
Este Mitra gosta é das bancarrotas socialistas (que foram 3). Ao Coelho e a nós todos calhou a fava da bancarrota socialista-socrática mas este Mitra diz que isso foi bom, pois não tem a lisura de falar nisso. Quem cala, consente. Eu se fosse deputado, sempre que falassem no Passos como o responsável por aquilo que exigiu ao povo, para salvar o país, eu lembrava a esquerdalhada que essa responsabilidade foi do partido socialista e do seu líder Sócrates, que levou o país ao abismo e a um tempo de corrupção colossal . Eles fogem dessa verdade e desse assunto, como o diabo da cruz. Sabem muito, mas eu lembrava-os, hoje, amanhã e sempre, para que o povo menos atento ou intencionalmente amnésico, não se desviasse habilidosamente dessa realidade nua e crua.
Cunhal se tivesse vergonha não dizia esta patetice. Então está de acordo que se tenha a maior receita de sempre em impostos e se tenham os serviços públicos terrivelmente depauperados e o investimento em níveis miseráveis. Este homem só pode estar mentalmente senil (xexé).