A eurodeputada sueca Kristina Winberg foi afastada das listas dos Democratas Suecos, partido nacionalista e anti-imigração, às eleições europeias.
O partido acusa-a de “não ser leal” e de “conspiração” para o descredibilizar, após o jornal Expressen ter confrontado o cabeça de lista Peter Lundgren com uma presumível situação de assédio sexual que Winberg teria presenciado e registado para memória futura, numa gravação feita com a alegada vítima. Nesse registo de áudio, descreveriam os factos ocorridos.
“Eu disse-lhes que tinha feito uma gravação, com o conhecimento dela, apenas porque achei que era uma situação grave e que eu e ela deveríamos poder lembrar-nos do que aconteceu”, afirmou ao jornal. A deputada europeia diz que explicou a situação ao partido, após este ter sido contactado sobre os alegados factos, e que lhe foi pedido que ficasse em silêncio. A comunicação seguinte foi a notificação de afastamento do partido.
O assédio sexual terá acontecido no ano passado, num quarto de hotel, com uma mulher cuja identidade não foi divulgada. Lundgren já admitiu que o encontro – que Winberg terá secretamente presenciado – existiu, mas que nada de relevante se passou. “Era muito tarde e tínhamos bebido bastante. Sei que pus a mão nos seios dela, mas não com a intenção de que algo acontecesse, de todo.”
O político acrescentou à rádio pública sueca que a situação foi esclarecida e que até passou férias com a mulher em questão em Espanha. “O Expressen claramente empolou a história”, declarou. Porém, Winberg garante que houve resistência: “Ela tentou afastar-se e retirar as mãos dele”.
Winberg nega ter revelado as conversas que gravou com a presumível vítima, mas nota que o seu telemóvel foi roubado no ano passado. Por outro lado, os Democratas Suecos garantem que a exclusão da eurodeputada das listas, a uma semana do voto, nada teve a ver com o caso. “Há muito tempo que o partido é crítico da Kristina. Por fim, o partido cansou-se”, justificou Lundgren.
Os Democratas suecos têm atualmente dois deputados no Parlamento Europeu. Nas últimas legislativas tiveram 17,6% dos votos, com as últimas sondagens para as eleições de domingo a darem-lhes entre 13% e 20%. Kristina Winberg estava em quarto lugar nas listas – uma posição elegível.
““Era muito tarde e tínhamos bebido bastante. Sei que pus a mão nos seios dela, mas não com a intenção de que algo acontecesse, de todo.”
De facto é perfeitamente normal, e eu mesmo faço-o todos os dias, apalpar todas as mamas que me passam pela frente. Mas sem qualquer intenção… é apenas maluqueira e o tédio…e o vinho…