O ex-líder político da ETA, José Antonio Urruticoechea, mais conhecido como Josu Ternera, foi detido na manhã desta quinta-feira em Sallanches, nos Alpes franceses, depois de ter estado 17 anos em fuga.
Josu Ternera estava fugido desde novembro de 2002 e foi um dos últimos líderes da ETA, até aquela organização terrorista ter anunciado a 3 de maio de 2018 a sua dissolução e desmantelamento total, depois de dezenas de anos de atentados em morreram mais de 800 pessoas.
Numa mensagem gravada num vídeo, com três encapuzados sentados a uma secretária rodeada por imagens alusivas à ETA e também pela bandeira do País Basco, um dos militantes dava por terminado o “ciclo histórico e a função” da ETA e acrescentou: “A ETA surgiu deste povo e agora dissolve-se nele”. De acordo com o El País, é a voz de Josu Ternera que se ouve nesse vídeo.
De acordo com o El Mundo, a detenção foi feita pouco depois das 7h00 locais (6h00 de Lisboa) e foi o resultado de uma operação conjunta entre a Guardia Civil (Espanha) e a Direction Générale de la Sécurité Intérieure (França).
A organização foi fundada em 1959, durante a ditadura de Francisco Franco, e fez atentados em Espanha e em França em nome da independência do País Basco espanhol e francês, assim como da região espanhola de Navarra. A ETA já tinha renunciado à violência em 2011 e entregado em 2017 aquilo que assegurou serem as suas últimas armas.
Em 2015, em colaboração com a Guarda Civil, a polícia francesa deteve dois chefes do grupo terrorista espanhol ETA no sul de França. A detenção ocorreu depois de uma operação levada a cabo numa casa rural localizada em Saint-Étienne-de-Baïgorry, no sul de França. As autoridades francesas, juntamente com a Guarda Civil, prenderam David Pla e Iratxe Sorzabal, dois dos líderes do grupo terrorista.
