O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu na quarta-feira uma abertura económica a Cuba se a ilha retirar o seu apoio ao Presidente venezuelano Nicolás Maduro, caso contrário reforçará o bloqueio económico.
“Com o movimento certo, Cuba poderia sair-se muito bem, poderíamos fazer uma abertura”, disse Trump, em entrevista ao canal de televisão Fox Business, na qual reiterou, uma vez mais, que os EUA endurecerão a sua posição contra a ilha “se não deixarem a Venezuela”.
Na terça-feira, Trump ameaçou, no Twitter, que “se as tropas e milícias cubanas não CESSAREM imediatamente as suas operações militares e de outro tipo, com o objetivo de provocar morte e destruição à Constituição da Venezuela, será imposto à ilha de Cuba um embargo completo, juntamente com sanções do maior nível”.
A Casa Branca acusa Cuba de ter cerca de 25 mil cubanos da sua Defesa infiltrados na Venezuela, algo que a ilha nega, acusando Washington de “mentir descaradamente”.
A responsabilização do regime cubano relativamente à Venezuela tem sido um discurso recorrente na Casa Branca. Ainda neste mesmo dia o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, afirmou, em conferência de imprensa, que Cuba estava a ajudar Nicolás Maduro.
“O tempo chegou. Esta é a última oportunidade. Aceitem a amnistia oferecida pelo presidente interino Juan Guaidó, protejam a Constituição, removam Maduro e tirar-vos-emos da nossa lista de sanções. Fiquem com Maduro e afundem com o navio“, disse.
Na quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que uma “ação militar” é “possível”, se for “necessária” para favorecer a transição política na Venezuela.
ZAP // Lusa