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Paquistão garante ter “provas credíveis” de que a Índia prepara ataque iminente

A troca de acusações entre a Índia e o Paquistão continua a subir de tom. Desta feita, o ministro paquistanês das Relações Exteriores, Shah Mehmood Qureshi, afirmou este domingo que o país tem “informação credível” de que a Índia está a planear um ataque militar para meados destes mês.

“Temos informações credíveis de que a Índia está a planear um novo ataque no Paquistão”, afirmou Qureshi, citado pelo média local Hindustan Times, dando conta que o ataque pode acontecer “entre os dias 16 e 20 de abril”.

Qureshi assegurou estar a fazer estas acusações “com responsabilidade”, sustentando que o possível ataque visaria aumentar a “pressão diplomática” contra o Paquistão. “O propósito de [levar a cabo] um plano tão sinistro é colocar pressão diplomática sobre o Paquistão”, acrescentou o governante paquistanês.

O ministro das Relações Exteriores disse ainda que o Paquistão já transmitiu as suas preocupações sobre esta situação a cinco dos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU: China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos.

Por sua vez, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores indiano classificou a declaração de Qureshi como “irresponsável e absurda“, acusando o Paquistão de querer “desencadear uma guerra na região”. Para a Índia, o alarme lançado por Islamabade é uma manobra que parece querer espoletar um ataque contra a Índia.

“A Índia rejeita a declaração irresponsável e absurda do ministro das Relações Exteriores do Paquistão, que tem o objetivo claro de desencadear a histeria da guerra na região. Este truque público parece ser um apelo a terroristas estabelecidos no Paquistão para que estes levem a cabo um ataque na Índia”, assegurou o porta-voz indiano Raveesh Kumar.

O responsável adiantou ainda que Islamabade “não se pode eximir de responsabilidades” pelo ataque suicida de 14 de fevereiro em Pulwama, na Caxemira administrada pela Índia, que matou dezenas de soldados indianos.

O ataque, que precipitou uma escalada de tensões entre os dois países, foi reivindicado pelo grupo Jaish-e-Mohammed (JeM), cujo principal desígnio é separar da Índia a região disputada de Caxemira e fundi-la com o Paquistão, recorda o semanário Expresso.

A escalada de tensão entre ambos os países, que reivindicam a região de Caxemira desde o fim da colonização britânica, em 1947, tem subido de tom. Localizada no Himalaia, a região é predominantemente muçulmana. Apesar de a violência na zona tenha durado décadas, os ataques de grupos insurgentes têm-se intensificado recentemente.

ZAP //

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