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“Escolhi matá-lo porque parecia muito feliz”. O crime que está a chocar Itália

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(DR)

O italiano Stefano Leo, de 33 anos, foi assassinado porque “parecia muito feliz”.

A confissão de Said Mechaout, de 27 anos, que disse ter assassinado Stefano Leo, de 33 anos, porque “não suportava o seu ar feliz”, está a chocar Itália.

O crime ocorreu no passado dia 23 de Fevereiro quando Stefano Leo, um empregado de loja de 33 anos, foi apunhalado mortalmente numa rua de Turim, junto ao rio Pó.

Durante vários dias as autoridades italianas procuraram o suspeito do assassinato até que, no domingo passado, 31 de Março, Said Mechaout se entregou numa esquadra.

E é a confissão deste homem de 27 anos, nascido em Marrocos e adoptado aos 6 anos por uma família italiana, que está a chocar Itália.

Escolhi matá-lo porque o vi e parecia muito feliz e eu não suportava a sua felicidade”, destacou Mechaout no testemunho na polícia, segundo declarações divulgadas pelo jornal Corriere della Sera.

Queria matar um rapaz como eu, tirar-lhe todas as promessas que tinha, tirá-lo dos seus filhos e da sua família”, disse ainda o suspeito que tem antecedentes por violência doméstica e alegados problemas depressivos.

Stefano Leo foi assassinado quando se deslocava para o trabalho, seguindo o percurso do costume enquanto ouvia música, com os auriculares postos. O jovem vivia em Turim há apenas alguns meses, desde Dezembro de 2018, depois de ter trabalhado na Austrália, numa comunidade de Hare Krishna.

Mechaout, que cresceu em Turim, tinha regressado à cidade no início de Janeiro, depois de ter estado em Ibiza, Espanha, e em Marrocos. Divorciado em 2015 no âmbito de acusações de violência doméstica da ex-mulher, era seguido pelos serviços sociais italianos e vivia de expedientes. Chegou a ser cozinheiro, mas na altura do crime não tinha morada fixa, nem trabalho e recorria a espaços para sem-abrigo para dormir e se alimentar.

“Naquela manhã, decidi que ia matar alguém. Fui comprar um conjunto de facas, atirei todas fora, menos a mais afiada. Então, fui para o Murazzi e esperei. Quando vi aquele rapaz, decidi que não suportava o seu ar feliz“, contou o suspeito aos investigadores.

Imagens de vídeo-vigilância da cidade mostram Mechaout a chegar à zona antes do crime e a sua fuga depois de ter cometido o assassinato.

A polícia está agora a tentar reconstruir todos os passos do suspeito em Turim, nas vésperas do crime, recorrendo a 380 vídeos das câmaras da cidade, segundo refere o Corriere della Sera.

A faca do crime foi encontrada escondida numa cabine de electricidade e o objectivo do jovem seria utilizá-la de novo. Mechaout alega que se entregou às autoridades porque sabia que podia voltar a matar com ela. “Eu obriguei-me porque senão não pararia. Ou me mataria ou mataria novamente”, referiu à polícia.

A repercussão do caso na sociedade italiana tem sido tão marcante que o ministro do Interior, Matteo Salvini, já veio garantir que a lei será aplicada e que a família do “pobre” Stefano Leo terá “justiça”.

O pai do jovem falecido, Maurizio Leo, assume que é muito complicado superar uma situação destas. “Pensar que o meu filho morreu por um olhar, talvez por causa de um sorriso que tenha dado ao seu assassino, é inaceitável”, lamenta.

SV, ZAP //

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9 Comments

  1. Que gajo execrável, este Said Mechaout. Que passe décadas a ser violentado na cadeia. Porrada, trabalhos forçados e sodomização de manhã à noite, até 2050 pelo menos. Depois em 2050 pode sofrer um acidente qualquer à saída da cadeia.

    Eu sou contra a pena de morte porque acho que justiça não é vingança. Nada pode trazer de volta á vida a sua vítima por isso matá-lo não resolve nada e depois de morrer ele não vai ficar chateado porque o mataram. Por isso pena de morte não é castigo nenhum de jeito e ele tem é de ficar décadas em trabalhos forçados até apodrecer… E o dinheiro produzido com esses trabalhos, dado à família da vítima… Não é ao “estado”. O Estado não é quem está a sofrer com este crime.

  2. Nem já feliz se pode ser neste mundo com tanto invejoso e malandro à nossa volta e cada vez mais a agirem com toda a liberdade.

  3. Os cidadãos ocidentais ainda não entenderam estar a lidar com um tipo de gente, não só fanático religioso, mas culturalmente muito diferentes. Diria muito atrasados civilizacionalmente.
    Veja-se a nova lei do Brunei (mais um país islâmico seguindo a sharia à risca), que condena à morte por apedrejamento o adultério (provavelmente só da mulher) e a sodomia.
    O valor que dão à vida do próximo é a que damos às formigas quando as pisamos sem ver,,, à do próximo, porque a vida deles é defendida com toda a cobardia conhecida.

    • Em lado nenhum diz que ele é muçulmano ou que as motivações foram religiosas. Bastou a palavra Marrocos para apanhar a boleia do extremismo. O que diria o Sr. Carlos dos ataques nas mesquitas na Nova Zelandia? O autor era da Australia, um país não muçulmano, logo cheira-me que era um extremista católico.

      • Percebi que é mais um adepto fervoroso da invasão europeia pelos islâmicos, 10% dos quais radicalizados. É talvez mais um bloquista ferrenho ou um comuna.
        O ataque na NZ é igualmente de condenar. Sem o desculpar, é um extremista que nunca faria o ataque se não visse o seu país a ser invadido por gente que coloca a sua família e amigos em perigo. Ele é culpado, mas os governos que deixam entrar cobras e serpentes na casa, são também culpados.
        Mas para a troca, você fica a perder, pois este fórum não tinha linhas suficientes para eu o confrontar com os milhares de atentados islâmicos na Europa.
        Este atentado a que se refere a notícia, nem é de inspiração Daesh, mas de confronto cultural e religioso. O Corão manda matar os infiéis, e o marroquino escolheu aquele alegre infiel que mais o incomodava.

  4. Muito triste a morte do rapaz….será que tenho que deixar de sorrir?
    O outro só pode ter problemas mentais…:( Que mundo este…

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