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George Clooney e Elton John apelam a boicote aos hotéis de luxo de Brunei em defesa dos direitos dos homossexuais

Michael Vlasaty / Flickr

O ator americano George Clooney e o cantor britânico Elton John estão unidos numa nova causa: travar as leis homofóbicas que o pequeno e rico sultanato do sudeste asiático quer aprovar na próxima semana.

O Governo do Brunei, chefiado pelo sultão e primeiro-ministro Muda Hassanal Bolkiah desde 1968, pretende punir com a pena de morte por apedrejamento ou por chicotadas quem praticar sexo homossexual ou adultério.

Em reação, Clooney apelou ao boicote aos hotéis de luxo que o monarca, classificado como um dos homens mais ricos do mundo, detém pelo mundo. Fê-lo numa coluna publicada no website Deadline Hollywood.

“O próximo dia 3 de abril terá o seu lugar na história. Neste dia, a nação do Brunei vai começar a apedrejar e chicotear até à morte qualquer cidadão que seja gay”, escreveu o ator, criticando o que descreve como “retrocesso para o autoritarismo”.

Conhecido pelo seu ativismo, o ator sublinhou: “Cada vez que nos hospedamos, reunimos ou jantamos num destes hotéis, estamos a colocar dinheiro diretamente no bolso de homens que escolhem apedrejar ou chicotear os seus próprios cidadãos até à morte por serem homossexuais ou por serem acusados de adultério. Será que vamos pagar pelas violações dos direitos humanos”?

Juntando-se a Clooney, o cantor britânico de 72 anos, felicitou-o no Twitter por “tomar uma posição contra a discriminação gay levada a cabo no Brunei, um local onde os gays são brutalizados”, e apelou igualmente ao boicote dos hotéis do sultão. Entre estes listou nove, incluindo o London’s Dorchester, o Hotel Bel-Air e o Beverly Hills Hotel em Los Angeles.

A Amnistia Internacional também já criticou a lei anunciada pelo Brunei. Desde 2014 que o pequeno e rico sultanato proíbe a homossexualidade e outras figuras públicas já tinham antes apelado ao boicote aos seus investimentos, entre elas, o bilionário Richard Branson e a apresentadora de televisão Ellen DeGeneres.

A ONU classificou esta segunda-feira como cruel e desumana a nova legislação que instaura a pena de morte para a homossexualidade ou adultério no Brunei. “Apelo ao governo para que não deixe entrar em vigor o novo código penal draconiano que, se for aplicado, representará um sério recuo da proteção dos direitos humanos”, apelou a Alta Comissária dos Direitos Humanos, Michele Bachelet, em comunicado.

ZAP // Lusa

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