O acordo de Theresa May para a saída do Reino Unido da União Europeia foi esta sexta-feira chumbado, pela terceira vez, na Câmara dos Comuns. Hoje, dia 29 de março, era a data anteriormente marcada para o Brexit.
O atraso nas negociações para o Brexit mantém-se, com a Câmara dos Comuns a rejeitar, mais uma vez, o acordo que Theresa May negociou com Bruxelas. A votação viu o acordo ser rejeitado, com 344 deputados contra e 286 a favor.
May tentou absolutamente de tudo para que o seu acordo resultasse, mas o seu esforço acabou por se revelar inconsequente. A primeira-ministra até ofereceu o seu cargo, caso o seu acordo para o Brexit fosse aprovado. Além disse, ainda tentou separar o acordo de saída e a declaração política sobre a relação futura.
Esta é a terceira vez que o seu acordo com Bruxelas é rejeitado na Câmara dos Comuns. A primeira, a 15 de janeiro, contou com apenas 202 votos a favor e 432 votos contra. Na segunda vez, os números melhoraram ligeiramente. A 12 de março, 286 deputados estavam a favor do seu acordo, enquanto 344 eram contra.
De acordo com o Público, na próxima segunda-feira, a Câmara dos Comuns tem a segunda volta dos “votos indicativos”. Na primeira volta, votada na quarta-feira, as oito moções propostas para a saída foram todas rejeitadas.
Entre a espada e a parede, o Governo britânico vê-se encurralado em termos de alternativas. Para evitar uma saída sem acordo, a 12 de abril, o Reino Unido teria de aprovar um novo acordo até à data, o que se torna cada vez mais difícil num prazo tão apertado.
Outra das possibilidades seria pedir novamente o adiamento do prazo de saída da União Europeia, o que faria com que o Reino Unido participasse nas eleições europeia de maio. Em último caso, travar definitivamente o Brexit, com o país a manter-se na UE.
May promete continuar a tentar procurar soluções viáveis para a saída do Reino Unido. Por enquanto, a primeira-ministra mantém o seu cargo, mas sem garantias futuras. Jeremy Corbyn aconselhou May a demitir-se e a convocar eleições caso não aceitasse alterar o acordo do Brexit — o qual defende com unhas e dentes.
A pior solução para os ingleses é permanecerem na UE.
Cada vez estão mais próximos do Hard Brexit.