A Universidade de Yale, nos Estados Unidos, já tomou medidas após a revelação do escândalo de acesso fraudulento às universidades. Uma das alunas envolvidas no esquema viu a sua admissão na universidade ser cancelada.
De acordo com a universidade americana, o antigo treinador de futebol feminino de Yale, Rudy Meredith, forneceu “apoios desportivos fraudulentos” a duas candidatas. A uma delas foi-lhe negada a candidatura, enquanto que a outra, que frequentava Yale na altura da revelação do escândalo, a sua admissão foi também rejeitada.
A Universidade de Yale, instituição com grande tradição no plano desportivo, que influencia fortemente a sua política de admissões e bolsas, tinha em janeiro de 2018 admitido a estudante com base no seu perfil desportivo — que viria a revelar-se ser falso.
Neste caso, os pais da estudante pagaram 1,2 milhões de dólares ao consultor William Rick Singer para fabricar credenciais académicas e atléticas e subornar o responsável pela admissão de alunos.
Segundo a Fortune, a Universidade de Yale explicou que “nesta rara ocasião, em que Yale recebe uma alegação de que um estudante atual incluiu informações falsas em um requerimento, Yale dá ao aluno a oportunidade de abordar a alegação”. Caso fosse determinado que as alegações têm fundamento, a sua admissão seria terminada.
Yale não é, no entanto, a primeira universidade a adotar esta medida. Também a Universidade do Sul da Califórnia negou a admissão de seis alunos envolvidos no escândalo.
De acordo com o New York Times, este é o maior processo relacionado com candidaturas universitárias alguma vez movido pelo Departamento de Justiça dos EUA. A investigação, designada “Operação Varsity Blues”, mobilizou 200 agentes a nível nacional e levou a 50 detenções em seis estados norte-americanos.
“Estamos a falar de deceção e fraude — resultados de testes falsos, credenciais falsas, fotografias falsas, funcionários das faculdades subornados”, disse o advogado Andrew Lelling, numa entrevista coletiva. O alegado esquema foi descoberto depois de o mesmo ter recebido informações sobre as atividades ilegais, que decorreram entre 2011 e fevereiro de 2019.