Um navio de guerra já não vai a terra há dois meses devido a uma epidemia a bordo

Mais de 700 tripulantes do navio americano Fort McHenry estão desde janeiro sem pisar terra firme, desde que começou a alastrar uma epidemia de parotidite, uma doença infectocontagiosa provocada pelo mesmo vírus que causa sarampo.

A Marinha dos EUA manteve o segredo até quarta-feira, quando a CNN, alertada por uma fonte, questionou diretamente as cúpulas militares.

Segundo as informações agora reveladas, 25 marinheiros já contraíram a doença, que provoca febre, desidratação e arrepios, e todos os tripulantes receberam reforços da VASPR (vacina antissarampo, parotidite e rubéola).

O primeiro caso terá surgido a 22 de dezembro, mas os oficiais do navio não instauraram imediatamente a quarentena: em janeiro, o USS Fort McHenry atracou na Roménia, quando se encontrava em exercícios militares no Mar Negro. Apesar dos cuidados e dos reforços de imunização, o surto continua vivo – o caso mais recente surgiu no sábado, dia 9 de março.

Depois de adoeceram, os pacientes foram colocados em quarentena e tratados nas instalações médicas do navio. Todos os espaços foram desinfetados.

“Nenhum dos casos ameaça a vida e todos já recuperaram ou deverão recuperar totalmente”, disse a Fifth Fleet ao jornal.

No entanto, espera-se que uma equipe médica militar especializada em atendimento médico preventivo vá nos próximos dias fazer uma avaliação, caso sejam necessárias medidas adicionais, de acordo com o funcionário. O navio, que transporta fuzileiros navais para realizar tarefas de guerra anfíbia, teve alguns treinos programados para lidar com o impacto do surto.

Se forem seguidas as recomendações médicas para estas situações, o navio só poderá aportar 30 dias depois de a última infeção ter sido detetada, pelo que os marinheiros ainda têm pela frente um longo período sem ir a terra.
Nenhum dos funcionários teve de ser evacuado do navio.

Neste momento, o navio encontra-se no mar Arábico, no Índico.