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Vendida, comprada e abusada. Ex-escrava sexual do EI revela pesadelo do tempo de cativeiro

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cv ISIS

Antes de conseguir escapar aos jihadistas, Mahdya foi vítima de abusos e agressões. A sua sobrinha, de 10 anos, continua desaparecida e estará grávida.

Em agosto de 2014, Sinjar, região no norte do Iraque, foi invadida por terroristas do autoproclamado Estado Islâmico (EI). Enquanto que o homens foram enterrados vivos, mulheres e crianças foram levadas para uma cidade, tendo sido divididas por idades: que tinham entre os 10 e os 20 anos foram levadas para se tornarem escravas sexuais.

É a tia de Marwa Khedr, Mahdya, que conta esta realidade ao Daily Mail, uma vez que a sua sobrinha tinha apenas 10 anos quando tudo isto aconteceu.

Mahdya conseguiu escapar recentemente de um dos últimos redutos do Daesh na Síria, a cidade de Baghuz, e conta agora como foi vendida, comprada e abusada. Além disso, diversas vezes, esta mulher viu-se forçada a casar com homens que desconhecia.

Não faço ideia quantas vezes fui vendida. Um homem apenas manteve-me em sua posse durante três dias, depois voltou a vender-me. Retiveram-me num subterrâneo durante dois meses. Não conseguia distinguir o dia da noite”, conta, citada pela Visão.

Outro dos seus sequestradores era um ocidental que se juntou ao Daesh depois de ter passado vários anos na prisão. “Comprava raparigas, lavava-as, vestia-as com roupas bonitas e depois vendia-as”, conta Mahdya, que esteve retida por ele durante 10 dias.

No início deste mês, Mahdya conseguiu escapar ao seu último marido, depois de ter estado um mês “a morrer à fome”. A única forma que encontrou de sobreviver a este pesadelo, foi alimentar-se de galhos e de dejetos de animais.

Esta não foi a única vez que tentou fugir, mas deixar as filhas para trás custava. Segundo Mahdya, as suas filhas estavam tão “formatadas” pelo Estado Islamico que se recusaram a juntar-se a ela. “No final, tive que lhes dizer que íamos embora porque íamos procurar comida.”

Agora está finalmente em segurança, numa vila no norte da Síria. Ao jornal britânico, conta que a última vez que viu a sua sobrinha, esta estava “amontoada” juntamente com outras num mercado prestes a ser enviada para Raqqa. A última vez que teve notícias do paradeiro da jovem foi uns meses depois, quando um amigo reparou que estava grávida.

Ziad Avdal, um antigo professor que toma conta de casas seguras para yazidis que procuram fugir do Daesh, revela que há muitas raparigas como Marwa. “Não é apenas terrível ela estar grávida – estas jovem raparigas podem ter sido violadas antes de ter engravidado.”

Mahdya e as suas filhas estão entre os 6500 yazidis (uma minoria religiosa do Médio Oriente) que foram raptados pelo Daesh. É estimado que cerca de metade dessas pessoas, incluindo Marwa, ainda estejam desaparecidas.

ZAP //

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2 Comments

  1. O EI não é mais do que uma fachada para os que querem praticar todo o género de crimes (incluindo a pedofilia) e escapar impunes com o argumento de fazerem parte de uma guerra santa. Por mim eram apanhados e deveriam sofrer do mesmo modo por tudo aquilo que fizeram, julgamento à EI para os que defendem o EI, seria a minha sentença. Aqui pela Europa somos uns fraquinhos, voltam para casa, dão-lhes uns pares de anos e saem em liberdade, uma vergonha.

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