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Aves vs Benfica | Águia segura não descola do líder

Miguel A. Lopes / Lusa

O Benfica manteve a distância de apenas um ponto para o FC Porto, após levar de vencida o Desportivo das Aves, por 3-0.

Numa partida de enorme tranquilidade para os homens de Bruno Lage, os encarnados praticamente começaram o desafio a vencer, graças a um golo madrugador de Haris Seferovic, e aumentaram a vantagem ainda antes do intervalo por Rafa Silva.

Após o descanso, Ferro fez o 3-0, acabando por ver o cartão vermelho pouco depois – uma expulsão que ainda abalou o Benfica, mas que pouco ou nada interferiu no rumo do desafio.

O Jogo explicado em Números

  • A resistência do Aves demorou três minutos. Ao primeiro remate do encontro, Haris Seferovic quebrou o nulo com um toque de classe, picando a bola sobre Beunardeau após cruzamento de Samaris. Início de partida verdadeiramente avassalador das “águias”, que chegaram ao quarto-de-hora com cinco disparos, dois deles enquadrados, 68% de posse e 87% de eficácia de passe.
  • Volvidos 25 minutos desde o início da partida, o Aves ainda não tinha nenhuma acção com bola na área contrária, sinal das dificuldades sentidas pelos homens de Augusto Inácio. Do lado do Benfica brilhava João Félix, já com três remates, dois deles enquadrados com a baliza da formação da casa.
  • A equipa avense não se vergou perante a superioridade do Benfica e reagiu. À passagem da meia-hora levava já três remates, um deles enquadrado com a baliza de Vlachodimos, e um pontapé de canto, e já havia melhorado os seus índices de eficácia de passe (71%), embora a sua posse de bola se mantivesse nos 32%.
  • A resposta ao bom período do Aves surgiu aos 37 minutos com o 2-0, por intermédio de Rafa, que trocou as voltas a Jorge Fellipe e rematou forte para o fundo da baliza, dando a melhor sequência a um passe de João Félix – que somava a sua quarta assistência no campeonato.
  • A reacção tardia do Aves, com dois disparos enquadrados minutos antes do regresso aos balneários, não foi suficiente para equilibrar as contas do primeiro tempo, dominado por completo pelo Benfica, que contabilizou sete remates, seis dos quais de dentro da área contrária e três pontapés de canto, chegando ainda a uns impressionantes 67% de posse e 87% de eficácia de passe.
  • Terminada a primeira parte, Rafa liderava os  GoalPoint Ratings com nota 6.9, graças a um golo marcado, um passe para finalização, um drible eficaz e cinco acções defensivas.
  • Excelente início de segunda parte do Benfica, coroado com o 3-0, aos 59 minutos, por Ferro, que aproveitou as enormes facilidades concedidas pela equipa avense dentro da área, picando a bola sobre Beunardeau e uma “mancha” de defesas adversários. Os “encarnados” chegaram ao fim deste período inicial com quatro disparos, dois deles enquadrados, dois cantos, 77% de posse de bola e 90% de eficácia de passe – números absolutamente incontestáveis.
  • Ferro acabou por ir “do céu ao inferno” no espaço de poucos minutos. O jovem central viu o cartão vermelho aos 63 minutos após derrubar Derley à entrada da área quando o avançado brasileiro seguia isolado. A expulsão surgiu à segunda falta do jogador das “águias”, que vencera oito dos 13 duelos em que participara.
  • Boa partida de Rodrigo Soares, que chegou aos 70 minutos com quatro passes para finalização, mais do que qualquer outro jogador em campo. Na equipa do Benfica, Rafa liderava este dado estatístico com três ocasiões de remate criadas, sendo o único jogador das “águias” com mais do que um passe para finalização.
  • O Benfica “perdeu gás” com a expulsão de Ferro e limitou-se a gerir a vantagem, chegando ao minuto 80 sem um único remate desde o vermelho mostrado ao jovem central. A formação avense empolgou-se com a vantagem numérica e diminuiu a diferença de posse (39%-61%), contabilizando ainda seis disparos, um dos quais à baliza, desde que passou a jogar com mais um elemento.
  • A pressão exercida nos últimos 30 minutos do desafio fez com que o Aves terminasse a partida com 17 remates, mais quatro que o Benfica, e 40% de posse no decorrer da segunda parte. Ainda assim, a formação avense foi inferior em termos de disparos enquadrados (4-6), esbarrando sempre na muralha chamada Vlachodimos.

O Homem do Jogo

Excelente noite de Rafa Silva, que “assumiu as rédeas” do ataque benfiquista e foi sempre uma dor de cabeça para a defesa avense.

Para além do golo apontado, num remate bem colocado de pé direito, o camisola 27 “encarnado” liderou a sua equipa em passes para finalização (3) e foi eficaz em duas das suas cinco tentativas de drible.

Deu também nas vistas pela sua enorme entrega, contabilizando nove acções defensivas, das quais quatro foram desarmes (máximo da noite na sua equipa). Apesar de ter sido desarmado três vezes e de ter consentido um drible, o extremo português terminou o desafio com a nota mais alta nos GoalPoint Ratings, um honroso 7.3.

Jogadores em foco

  • Vlachodimos 7.2 – Exibição sólida do guarda-redes grego, que efectuou quatro defesas, duas delas a remates de dentro da área e uma a um disparo a um ângulo superior. Das suas sete bolas longas, cinco chegaram a um companheiro com sucesso.
  • Rodrigo Soares 6.8 – Foi de longo o melhor da equipa avense. Criou sete ocasiões de remate e contabilizou 74 acções com bola e seis acções defensivas. Pela negativa, perdeu 18 vezes a bola, mais do que qualquer outro jogador.
  • João Félix 6.6 – Esteve envolvido no segundo golo ao assistir Rafa, na única ocasião de remate que criou. Foi o jogador que mais disparos fez, cinco, três dos quais à baliza. Errou apenas dois passes em 24, mas foi o jogador que mais vezes controlou mal a bola (seis situações).
  • Pizzi 5.1 – Exibição discreta do médio “encarnado”, que criou apenas uma situação de remate, falhou uma ocasião flagrante e sofreu três desarmes. Completou nove recuperações de posse, ficando apenas atrás de Samaris (12) neste capítulo.
  • Ferro 4.8 – Marcou um golo, no único remate que fez, mas “borrou a pintura” com o cartão vermelho. Pela positiva ficaram ainda um drible eficaz, quatro duelos aéreos defensivos ganhos em seis disputados e cinco acções defensivas.

Resumo

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