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JJ responde a BdC. Não precisa de escrever livros para sobreviver

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Tiago Petinga / Lusa

Jorge Jesus e o antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho

De volta a Portugal, no passado domingo, questionado pelos jornalistas sobre uma suposta chantagem que terá feito a Bruno de Carvalho para renovar o seu contrato, Jorge Jesus afirmou que “respeita muito o futebol, independentemente das pessoas” e que não precisa “de escrever livros para sobreviver”.

A alegada chantagem é uma das histórias relatada pelo antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, no seu livro “Sem Filtro”, apresentado esta semana. No mesmo, o ex-dirigente voltou a relacionar Jorge Jesus com a rebelião no plantel, afirmando que o técnico era “um homem cada vez mais agressivo na segunda e na terceira época. Chegava quase a ser insuportável”.

Segundo informou o Observador, à chegada ao aeroporto de Lisboa, Jorge Jesus foi “o mais diplomático possível ao falar desse episódio em específico”, “tentando claramente não juntar lenha a uma possível fogueira de polémica”.

O técnico afirmou, contudo, que se quisesse falar da sua passagem no clube de Alvalade, teria muito para escrever: “Se eu quiser falar sobre a minha passagem no Sporting não escrevo um livro, escrevo vinte. Como não preciso de escrever livros para sobreviver, continuo a trabalhar naquilo que sei”.

De acordo com a Renascença, o treinador garantiu que não se irá defender das acusações de Bruno de Carvalho. Além da suposta chantagem, o antigo dirigente leonino afirmou que Jorge Jesus interveio para inflacionar o preço de jogadores que ingressaram no Sporting.

“Cheguei agora, não quero entrar por aí. Aprendi muita coisa na Arábia Saudita e uma delas é que se deve respeitar muito o futebol, independentemente das pessoas. Este não é o momento para falar disso”, afirmou o técnico português, que passou o último ano na Arábia Saudita a treinar o Al-Hilal.

Até há poucos meses, a crise que se tinha instalado no Benfica, ainda comandado por Rui Vitória (entretanto substituído por Bruno Lage), levantou questões sobre um possível regresso de Jorge Jesus.

Quando lhe perguntaram  se sentia falta de futebol mais competitivo, como o português, o técnico defendeu o futebol saudita: “Não há muita divulgação do futebol da Arábia Saudita na Europa. Eles são uns apaixonados, os estádios tem 50, 70 mil pessoas a ver, não 10 mil como há no Benfica, Sporting ou Porto. Há grandes jogadores, têm capacidade financeira para dar 15 ou 20 milhões por um jogador, algo que em Portugal não existe — e é sinónimo de qualidade”.

Sobre o novo presidente do Sporting, Jorge Jesus contou que sempre teve uma “relação muito boa” com Frederico Varandas, “apesar de algumas afirmações” que o dirigente fez sobre o treinador.

Quanto a Rui Vitória, que acabou por se tornar seu rival na liga saudita, o técnico disse que, apesar de ambos viverem no mesmo ‘compound’, nunca se cruzaram. Jorge Jesus acredita que Rui Vitória não vai conseguir ultrapassar a sua equipa anterior. “Deixei uma equipa muito forte”, assegurou.

TP, ZAP //

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