O FC Porto afogou as mágoas da derrota na final da Taça da Liga, frente ao Sporting, com um triunfo caseiro, por 3-0, diante de uma outra equipa lisboeta, o Belenenses.
Os “dragões” entraram na partida praticamente a vencer, marcando logo aos cinco minutos e reforçaram a vantagem ainda antes do intervalo.
Na segunda parte viu-se um FC Porto de gestão, mas nem isso impediu que os homens de Sérgio Conceição chegassem ao 3-0 frente a um Belenenses que pouco perigo criou e que terminou o desafio com dez unidades.
O Jogo explicado em Números
- Entrada com o pé direito do FC Porto, que marcou logo aos cinco minutos. Tudo começou numa tremenda asneira de Sasso, que “entregou” a bola a Corona. O mexicano rompeu pela grande área belenense e cruzou atrasado para Brahimi rematar para o fundo da baliza. Eficácia máxima dos “dragões”, que marcaram no primeiro remate da partida, chegando aos 15 minutos com 80% de eficácia de passe, 51% de posse de bola e dois cantos.
- O Belenenses demonstrava enormes dificuldades para chegar junto à baliza contrária. Em 25 minutos, nenhum jogador da equipa lisboeta tinha mais do que sete passes para o meio-campo do FC Porto e só dois jogadores apresentavam eficácia de distribuição superior a 50% nesta zona do campo: Licá e Bergdich.
- A equipa “azul-e-branca” acabou por ampliar a vantagem ainda antes da meia-hora, num cabeceamento certeiro de Éder Militão após cruzamento de Alex Telles, que somou a sua quarta assistência no campeonato (duas delas frente ao Belenenses).
- Vantagem perfeitamente justificada do FC Porto após uma primeira parte de sentido único, embora os da casa tenham repartido a posse de bola com o adversário.
- No regresso aos balneários, só dois jogadores do Belenenses, os centro-campistas Eduardo Henrique e André Santos, tinham mais de uma dezena de passes para o meio-campo adversário, sinal das adversidades por que os comandados de Silas passavam.
- O melhor em campo era Jesús Corona, com nota 6.8 nos GoalPoint Ratings, graças a três passes para finalização, um deles resultante em golo, sete recuperações de posse, três intercepções e outras tantas faltas sofridas.
- À semelhança do que aconteceu em partidas anteriores, o FC Porto baixou o ritmo ao regressar dos balneários. Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, os “dragões” tiveram apenas 43% de posse de bola e até demonstraram algum desnorte na troca de bola, com apenas 72% de eficácia na distribuição – o Belenenses, por sua vez, tinha 81%. Ainda assim, pertenceu à equipa da casa a melhor ocasião deste período, num remate de Marega defendido por Muriel.
- Pouco envolvimento de Marega nesta partida. O maliano chegou aos 70 minutos com apenas três passes certos no meio-campo contrário em nove tentativas, um remate, dois duelos ganhos em quatro disputados e 12 perdas de posse.
- O terceiro golo do FC Porto acabou por acontecer aos 71 minutos, por Soares, que correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Óliver Torres. Nono golo no campeonato para o avançado brasileiro, que liderava a equipa portista em remates, cinco, dois deles enquadrados com a baliza belenense.
- O Belenenses continuou a pressionar, mas sem quaisquer efeitos práticos. A equipa visitante chegou aos 85 minutos do desafio com 57% de posse de bola na segunda parte, 83% de eficácia de passe e sete remates, mais três do que o adversário, mas nenhum deles à baliza.
- A tarefa do Belenenses ficou ainda mais complicada aos 86 minutos, com a expulsão de Gonçalo Silva após falta sobre Fernando Andrade. Até ao apito final, o FC Porto fez cinco remates, um deles à baliza de Muriel, que terminou o desafio com cinco defesas.
O Homem do Jogo
Mais uma partida, mais um “show” de Corona, que esteve na origem do 1-0 ao assistir Brahimi numa jogada que teve claramente a sua assinatura.
Para além desta assistência certeira, num dos seus três passes para finalização, o mexicano fez ainda dois remates, um deles à baliza, recuperou dez vezes a bola, sofreu quatro faltas e somou 14 acções defensivas, terminando a partida com nota 7.2 nos GoalPoint Ratings.
Jogadores em foco
- Óliver Torres 7.2 – O médio espanhol ficou apenas uma centésima atrás de Corona. Criou uma ocasião flagrante de golo, aproveitada por Soares, recuperou 11 vezes a bola e contabilizou 15 acções defensivas.
- Éder Militão 7.1 – Mais uma grande exibição do central brasileiro, que jogou no lado direito da defesa. Para além do golo marcado, no único remate que fez, venceu os três duelos aéreos ofensivos que disputou e somou oito acções defensivas. Pela negativa, falhou 15 passes e consentiu dois dribles.
- Marega 5.2 – Rematou três vezes, uma delas à baliza. Controlou mal a bola quatro vezes e disputou seis duelos, vencendo apenas dois.
- Eduardo Henrique 5.2 – Deu nas vistas com duas situações de remate criadas e seis dribles eficazes em sete tentativas (máximo da noite).
- Sasso 3.9 – Esteve na origem do primeiro golo sofrido pela sua equipa com um passe curto mal direccionado, um dos dez que errou na partida. Somou cinco intercepções, mais do que qualquer outro jogador, e oito recuperações de posse.
Resumo
// GoalPoint