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Guimarães vs Benfica | Seferovic salva a águia

José Coelho / Lusa

O Benfica somou o seu terceiro triunfo consecutivo no campeonato, ao derrotar o Vitória de Guimarães por 1-0, repetindo o resultado de terça-feira, para a Taça de Portugal.

Numa partida sem grandes ocasiões de golo nem intervenientes em destaque, o golo decisivo surgiu já na recta final, por Seferovic, que saltou do banco para desatar o nó em que o desafio se encontrava.

O Jogo explicado em Números

  • Início de partida muito equilibrado em todas as vertentes, com o único remate enquadrado a pertencer ao Benfica, de autoria de João Félix. O Vitória levava uma pequena vantagem em termos de posse de bola (53%-47%) e de eficácia de passe (77%-76%) aos 15 minutos, com um pontapé de canto para cada lado.
  • A render Fejsa no meio-campo “encarnado”, Samaris teve um início de jogo para esquecer: nos primeiros 25 minutos do desafio, o grego perdeu os cinco duelos que disputou, errou cinco passes e perdeu a bola em outras tantas ocasiões.
  • Após o bom início de jogo, a equipa do Vitória acabou por perder algum gás, não fazendo nenhum remate nos segundos 15 minutos da partida. O Benfica, por sua vez, aproveitou a passividade dos da casa para assumir o controlo do jogo, chegando aos 30 minutos com cinco remates, dois deles à baliza e 81% de passes certos.
  • O primeiro remate enquadrado do Vitória surgiu apenas ao minuto 44, com Tozé a obrigar Vlachodimos a “voar” para impedir o 0-1. Este foi um dos poucos sinais positivos deixados em campo na primeira parte pelo médio português, que foi apanhado em fora-de-jogo duas vezes, venceu apenas dois duelos em nove e não foi feliz em nenhum dos dois cruzamentos que fez.
  • O “empurrão” do Vitória nos derradeiros minutos acabou por equilibrar, de certa forma, as contas da primeira parte, com ambas as equipas a somarem dois remates enquadrados.
  • Apenas nove passes separavam as duas formações ao intervalo – sinal da atitude atrevida dos da casa -, mas o Benfica demonstrava uma ligeira superioridade em termos de eficácia na distribuição (80%-75%).
  • No regresso aos balneários, o médio ganês Joseph Amoah liderava os GoalPoint Ratings, com nota 6.3, graças a quatro dribles eficazes, dois duelos aéreos ofensivos ganhos, sete recuperações de posse e cinco acções defensivas.
  • Sinal mais para o Benfica no início do segundo tempo, com 62% de posse nos primeiros 15 minutos, ainda que daí só tenha resultado um remate, desenquadrado. Na tentativa de dar mais velocidade ao ataque “encarnado”, Bruno Lage lançou Rafa para o lugar de Pizzi, que liderava em eficácia de passe (89,7%) e em número de cruzamentos eficazes (2).
  • Boa exibição de Conti, que rendeu o castigado Rúben Dias no eixo da defesa. O central argentino chegou aos 70 minutos do desafio com nove alívios (máximo da noite), dois cortes, uma intercepção e ainda sete duelos ganhos em dez disputados.
  • O nulo acabou por ser desfeito a apenas dez minutos do final da partida, por Seferovic, que apenas teve de encostar para dar o melhor seguimento a um cruzamento rasteiro de André Almeida. O golo surgiu no primeiro remate enquadrado do segundo tempo e após quase 55 minutos em que as “águias” não conseguiram alvejar a baliza de Douglas.
  • Lançado aos 58 minutos com o intuito de mexer com o ataque do Vitória, Welthon acabou por ter poucas oportunidades para fazer a diferença. Em pouco mais de meia-hora, o brasileiro somou 12 acções com bola, duas delas dentro da área benfiquista, seis passes, um deles para finalização, e cinco duelos disputados, todos eles perdidos.

O Homem do Jogo

Numa noite relativamente calma em termos defensivos, André Almeida deu nas vistas ao assistir Seferovic para o golo, num dos dois passes para finalização de que foi autor. O lateral-direito “encarnado” foi ainda feliz nas três vezes em que arriscou o drible e somou 76 acções com bola, o terceiro melhor registo da noite da sua equipa. Desempenhou também o seu papel na retaguarda com seis alívios, três desarmes, três bloqueios de remate e dois duelos aéreos defensivos ganhos, terminando a partida com 6.8 nos  GoalPoint Ratings, a nota mais alta da noite.

Jogadores em foco

  • Joseph 6.2 – Foi uma dor de cabeça para a equipa adversária, embora não tenha rematado nem feito qualquer passe para finalização. Somou quatro dribles eficazes, dois duelos aéreos ofensivos ganhos e cinco acções defensivas.
  • Conti 6.1 – No regresso à titularidade, o argentino foi líder em alívios (12), a que somou seis outras acções defensivas e oito duelos aéreos defensivos ganhos em 11 disputados.
  • João Félix 5.0 – Noite discreta para o jovem avançado português, que controlou mal a bola em oito situações e foi desarmado três vezes. Pela positiva, sofreu duas faltas em zona de perigo e fez um remate à baliza.
  • Castillo 4.4 – Fez apenas um remate, bloqueado, e um passe para finalização. Disputou oito duelos aéreos, vencendo apenas dois, e controlou mal a bola em três ocasiões.
  • Samaris 4.1 – O grego foi uma fraca imitação de Fejsa e teve a pior nota da noite. Consentiu cinco dribles, venceu apenas quatro duelos em 14 disputados e falhou cinco passes no seu próprio meio-campo.

Resumo

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