Nas vésperas do arranque do segundo semestre, ainda há quase 17 mil estudantes (16.920) de universidades e institutos politécnico portugueses que não sabem se têm direito a bolsa de estudo, avança o Diário de Notícias.
De acordo com os dados da Direção-Geral do Ensino Superior, a que o matutino teve acesso, foram pagas até dezembro 50.502 bolsas de estudo (valor inferior a registado em igual período homólogo, altura em que foram pagas 54.874 bolsas).
Segundo os mesmos números, existem ainda 12 mil candidaturas (13% da totalidade) nos serviços sociais das universidades à espera de uma decisão. A estas somam-se mais cinco mil que ainda não avançaram por falta de informação.
Em causa estão problemas informáticos nos sistemas das Finanças e da Segurança Social e os dos Serviços de Ação Social. “Sabemos que existem serviços, das Finanças e da Segurança Social, que deviam enviar informação e que não enviam, sabemos que o atraso não é só da Universidade de Évora”, afirmou ao Diário de Notícias Ana Rita Silva, presidente da Associação Académica da Universidade de Évora, cuja universidade é das mais atrasadas na análise das candidaturas.
Os atrasos na atribuição das bolsas de estudo devido a falhas informáticas tinham já sido denunciados pelos alunos em meados de setembro, altura em que o Executivo garantiu que o processo decorria com normalidade.
Um estudante carenciado pode receber até 1.286 euros mensais. No ano passado, quase 65 mil alunos do ensino superior tiveram direito a bolsa, cerca de 40% das quais terão sido apenas para pagar o valor das propinas.