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“Segurança clínica” está comprometida, alerta manifesto dos hospitais de Lisboa

Mário Cruz / Lusa

Os diretores clínicos do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central vão enviar um manifesto ao Presidente da República e ao Governo a denunciar a situação que compromete a segurança clínica.

Os diretores clínicos do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) vão enviar um manifesto ao Presidente da República e ao Governo, a denunciar o que dizem ser a “grave situação que compromete já hoje a segurança clínica”.

Segundo a Renascença,o documento foi aprovado numa reunião que decorreu esta segunda-feira no Hospital S. José, e foi assinado pelos diretores das áreas clínicas e responsáveis de especialidade, que esperam respostas dentro de um mês. Caso a situação não mude, dizem avançar com medidas que não especificaram.

No manifesto, os diretores clínicos alertam para a “elevada degradação das condições de trabalho no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC)”, e mencionam problemas que incluem falta de “pessoal médico, de pessoal técnico e de enfermagem, a disponibilidade de material de consumo, a introdução de equipamento especializado, o investimento na inovação, e a mera logística para o normal exercício profissional”.

De acordo com os signatários, esta “grave situação” traz sérios riscos para os pacientes e “comprometerá no curto prazo a capacidade assistencial, levando ao encerramento de serviços”.

O documento – que chegará à tutela, ao Presidente da República, à Assembleia da República, à ministra da Saúde, entre outros – é um grito de alerta: “Num tempo em que as palavras duram o tempo que soam e valem pouco mais do que isso, acham os signatários deste manifesto ser seu dever ético, pessoal e profissional, alertar agora para a gravidade das condições de trabalho no CHULC”.

Do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central fazem parte o Hospital Dona Estefânia, a Maternidade Alfredo da Costa e os hospitais de São José, Capuchos, Santa Marta e Curry Cabral.

ZAP //

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