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Petroglifos antigos revelam mapas estelares dos humanos pré-históricos

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Algumas dos mais antigos petroglifos do Mundo revelam que os humanos pré-históricos tinham conhecimentos relativamente avançados sobre astronomia.

As obras de arte, em locais de toda a Europa, não são apenas representações de animais selvagens, como se pensava anteriormente. Em vez disso, os símbolos animais representam constelações estelares no céu noturno e são usados ​​para representar datas e marcar eventos como chuvas de meteoros.

Estas pinturas revelam que, talvez há 40 mil anos, os humanos controlavam o tempo, usando o conhecimento de como a posição das estrelas lentamente muda ao longo de milhares de anos.

As descobertas, publicadas a 2 de novembro na revista Athens Journal of History, sugerem que os povos antigos entendiam o efeito causado pela mudança gradual do eixo rotacional da Terra. O crédito da descoberta desse fenómeno, chamada de precessão axial, foi anteriormente dado aos antigos gregos.

A arte rupestre indica que as perceções astronómicas dos povos antigos eram muito maiores do que se acreditava. O seu conhecimento pode ter ajudado a navegação em mar aberto, o que poderá ter implicações na compreensão atual da migração humana pré-histórica.

Investigadores das Universidades de Edimburgo e Kent estudaram detalhes da arte paleolítica e neolítica com símbolos de animais em locais na Turquia, Espanha, França e Alemanha. Em todos os locais notaram que o mesmo método de manutenção de dados era sempre o mesmo: baseado em astronomia sofisticada. Isto é relevante uma vez que a arte aparece separada no tempo por dezenas de milhares de anos.

Os arqueólogos clarificaram descobertas anteriores de um estudo de esculturas de pedra num desses locais – Gobekli Tepe na Turquia moderna – que é interpretado como um memorial a um devastador ataque de meteoros por volta de 11 mil a.C. Acreditava-se que este fenómeno tenha iniciado uma pequena era do gelo conhecida como o período Younger Dryas.

Também descodificaram o que provavelmente é a mais antiga obra de arte conhecida – a cena de Lascaux em França. A pintura, que mostra um homem a morrer e vários animais, pode homenagear outro ataque de cometas por volta de 15.200 a.C.

A equipa de investigação confirmou as suas descobertas ao comparar a idade de muitos exemplos de arte rupestre – conhecidos a partir da datação química das tintas usadas – com as posições das estrelas nos tempos antigos, como previsto por softwares sofisticados.

Para os autores, estas descobertas suportam a teoria de múltiplos impactos de meteoros durante o desenvolvimento humano na Terra e irá, provavelmente, revolucionar a forma como as populações pré-históricas são vistas.

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