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Morangos com agulhas: acusada agiu por vingança e arrisca 10 anos de prisão

A mulher acusada de colocar agulhas em morangos comercializados na Austrália pode ser condenada a uma pena máxima de dez anos de prisão. De acordo como tribunal, a acusada agiu motivada por “rancor e vingança”.

My Ut Trinth, de 50 anos, foi indiciada em sete acusações por “contaminação de produtos” com a intenção de causar perdas económicas à empresa produtora, disse em conferência de imprensa Jon Wacker, chefe da divisão de Narcóticos e Crimes Graves da Polícia de Queensland, no nordeste do país.

A mulher, antiga supervisora de uma fazenda de produção de morangos, foi detida neste domingo, prestando depois declarações no tribunal de Brisbane, que lhe negou liberdade condicional até a próxima audiência que ocorre no final do mês.

De acordo com o Guardian, que cita o próprio tribunal, Trinth agiu “motivada por rancor e vingança“, procurando vingar-se de uma queixa no local de trabalho.

A antiga funcionária estaria descontente com a forma como estava a ser tratada, relata o Australian Newsly. Trinth terá dito a outros funcionários que queria “derrubá-los” e “tirá-los do negócio”, revela a 7 News.

A acusada estava a trabalhar na Berrylicious at Caboolture entre 2 e 5 de setembro, quando alegadamente colocou as agulhas na fruta.

Segundo o diário, a acusação vai alegar que foi encontrado ADN de Trinh numa das agulhas introduzidas nos morangos. O primeiro relato de frutas contaminadas surgiu a 9 de setembro e, desde então, Trinh passou a ser uma “pessoa de interesse” para a investigação da polícia.

Na Austrália foram denunciados 320 casos de sabotagem que afetaram 68 marcas, 49 das quais no estado de Queensland. A sabotagem obrigou à retirada de milhares de morangos dos supermercados australianos, tendo ainda os agricultores desperdiçado várias toneladas das suas produções.

Também na Nova Zelândia foram detetados alguns casos isolados e as autoridades do país pararam temporariamente a venda de morangos australianos.

ZAP // EFE

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