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Em menos de um mês, Santana Lopes fez nascer o Aliança

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Miguel A. Lopes / Lusa

Ex-primeiro ministro, ex-presidente da câmara de Lisboa e da Figueira da Foz, ex presidente do PSD e do Sporting, ex provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Pedro Santana Lopes

Em menos de um mês, Pedro Santana Lopes anunciou a criação de um partido e recolheu as assinaturas necessárias para o formalizar. A Aliança nasce esta terça-feira na sede do Tribunal Constitucional (TC). 

Arranca hoje o processo de formalização do Aliança com a entrega de assinaturas no TC, que o deverá tornar a 23.ª formação política em Portugal. De acordo com a Lusa, a entrega será feita pelas 16:00 no Palácio Ratton, em Lisboa.

A recolha de assinaturas foi feita em tempo recorde – em apenas 21 dias e em pleno mês de agosto – e até angariou mais assinaturas do que as exigidas pela lei.

Fonte da estrutura partidária revelou que serão entregues mais do que as 7.500 assinaturas determinadas por lei, salientando que estas chegaram de todo o país, Continente e Regiões Autónomas, e também das comunidades portuguesas emigrantes.

“Está tudo a correr bem, muito bem!”, foi assim que o antigo líder do PSD reagiu, em declarações ao Diário de Notícias, à criação do Aliança.

De acordo com o jornal i, que puxa o tema para a sua capa, o próximo passo do partido passa por fazer uma volta a Portugal, para passar a mensagem de que o Aliança já é oficialmente um novo partido. Será low-cost e terá uma academia de jovens a funcionar durante todo o ano, revela o diário.

No início de agosto, Santana Lopes confirmou a saída do PSD ao fim de 40 anos de militância e a intenção de formar um novo partido, o Aliança. “O que constatei foi que o PSD gostava muito de ouvir os meus discursos, mas ligava pouco às minhas ideias”, justificou, numa carta enviada aos militantes.

Personalismo, liberalismo e solidariedade

Pouco depois, a 20 de agosto, foi divulgada a declaração de princípios do partido, na qual a Aliança afirma ter a sua matriz assente em “três eixos fundamentais: personalismo, liberalismo e solidariedade”.

Nessa mesma data, foi anunciado o início da recolha de assinaturas e, em 15 de setembro, Santana Lopes revelou terem sido ultrapassadas as 7.500 necessárias para a formalização do partido, tempo que considerou “extraordinário” e “sem precedentes”, numa publicação no Facebook.

A declaração de princípios do partido Aliança defende menos Estado, menos carga fiscal e mais alternativas (privadas) nas contribuições à segurança social e no acesso à saúde, assumindo querer ser mais exigente com a União Europeia.

Como “imperativo absoluto”, o partido elege a coesão territorial, destacando-se a importância da “descentralização de entidades e serviços de modo equitativo e planificado por todo o território nacional”.

Em matéria de costumes, a Aliança diz rejeitar “as visões utilitaristas, materialistas e egoístas da vida humana”.

No sistema político, defende-se a criação de uma câmara alta no parlamento (Senado), à semelhança do que existe em alguns países europeus, bem como a introdução de círculos uninominais e a redução do número de deputados.

Em declarações ao Público, Santana Lopes afirmou que a Aliança vai concorrer às europeias de maio, mas assegurou que não será candidato nestas eleições. Sobre legislativas, disse, à SIC, que a ambição é “lutar para ganhar” ao PS de António Costa.

Numa primeira reação, o presidente do PSD, Rui Rio, classificou a criação da Aliança por Santana Lopes como “o concretizar de um sonho” do antigo primeiro-ministro e desvalorizou os efeitos que poderá ter nos resultados eleitorais do seu partido.

Mais tarde, no programa da TSF, Rio elogiou até a frontalidade” de Santana Lopes: “Posso discordar dele ter saído, podemos até achar que é incoerência, candidatou-se a líder e depois sai. Mas, há pelo menos uma frontalidade, sai e agora está legitimado para criticar”, considerou o atual líder do PSD.

Quando se concretizar a sua formalização, a Aliança será o 23.º partido político português registado no Tribunal Constitucional.

Nos últimos dez anos, desde 2008, foram inscritos no TC 11 novos partidos, dos quais apenas um, o partido Pessoas-Animais-Natureza, registado em 2011, conseguiu eleger um deputado à Assembleia da República, André Silva, nas eleições legislativas de 2015.

O partido mais jovem, com apenas nove meses, é a Iniciativa Liberal.

ZAP // Lusa

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10 Comments

  1. É provável que leve um pouco mais de tempo a morrer até poque nas próximas legislativas terá ainda alguma votação nomeadamente dos opositores do Rio que não querendo sair do partido tudo farão para o tirar de lá. Nem que tenham de votar nas Caves Aliança!

  2. Aliança? Gosto muito, entãoo o tinto,ui ui 😉 Agora se estiverem a falar desta espécie de partido dessa espécie de político falhado que disse que iria andar por aí, não lhe vejo futuro, nem presente sequer. O PS agradeço, e bem haja quem provoque divisões e roube votos ao PSD e CDS. Será que o Santana não vê isso? Será que acredita mesmo que terá futuro? Às vezes questiono a pouco inteligência de certas pessoas que, apesar de tudo, ainda tinham alguma.

  3. Se o PSD não quisesse passar por aquilo que não é (e onde não tem espaço político) e se assumisse como aquilo que é (um verdadeiro partido liberal), a Aliança não teria sido criada.

  4. O homem quer fazer história!!! Como nada fez relativamente aos pelouros que teve, por vezes nem aqueceu a cadeira, com esta motivação vai, certamente, ascender aos anais da história ao fundar um partido que rapidamente vai ser reduzido a cinzas!!!

  5. Este senhor é um” bon vivant”…O que ele quer é protogonismo…Procura cativar os votos de alvguns descontentes…
    Acho já que está démodé…

    • Não sou santanista. Nunca tive filiação partidária, por princípio pois da forma como os políticos se posicionam deixa muito a desejar. Cada cambalhota que até dá arrepios. Saltasse da extrema esquerda para a direita. Do PC para PS ou PSD, so PCTP MRPP para PS ou PSD, do CDS para o PS e atenção não se trata de gente jovem. Enfim apesar de legítimo faz me pensar de alguma incoerência, ou então as ideologias já não fazem sentido. Se assim é será que a existência de partidos faz SENTIDO? assim se cega ao dr sanatana. Todos sabemos que o dr Santana sempre teve um peso muito ideológico e marcou o seu posicionamento no tempo, ideológicamente próximo de Sá carneiro. Tirando o PCP neste momento quem tem marca ideológica em Portugal? é então todos ficamos admirados quando a maioria dos portugueses vendem o interesse coletivo por meia dúzia de lentilhas. Senhores que reclamam porque pagam mais 200 € de IRS por mês quando recebem vencimentos de 3000 € ou mais e não se preocupam com os seus concidadãos recebem reformas de pouco mais de 250€. É este o Portugal que está preocupado com o novo partido Aliança.SEGUE

  6. Não sou santanista. Nunca tive filiação partidária, por princípio pois da forma como os políticos se posicionam deixa muito a desejar. Cada cambalhota que até dá arrepios. Saltasse da extrema esquerda para a direita. Do PC para PS ou PSD, so PCTP MRPP para PS ou PSD, do CDS para o PS e atenção não se trata de gente jovem. Enfim apesar de legítimo faz me pensar de alguma incoerência, ou então as ideologias já não fazem sentido. Se assim é será que a existência de partidos faz SENTIDO? assim se cega ao dr sanatana. Todos sabemos que o dr Santana sempre teve um peso muito ideológico e marcou o seu posicionamento no tempo, ideológicamente próximo de Sá carneiro. Tirando o PCP neste momento quem tem marca ideológica em Portugal? é então todos ficamos admirados quando a maioria dos portugueses vendem o interesse coletivo por meia dúzia de lentilhas. Senhores que reclamam porque pagam mais 200 € de IRS por mês quando recebem vencimentos de 3000 € ou mais e não se preocupam com os seus concidadãos recebem reformas de pouco mais de 250€. É este o Portugal que está preocupado com o novo partido Aliança.SEGUE

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