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Ministro da Educação quer metade dos alunos no ensino profissional

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André Kosters / Lusa

O Ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues

O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, reiterou esta quinta-feira que o grande objetivo do governo é encaminhar 50% dos alunos do ensino secundário para o ensino profissional.

“Nós temos apostado no ensino profissional, um ensino de corpo inteiro e temos apostado em não secundarizar, em não tornar periférico. O ensino profissional permite ter, por um lado, uma certificação académica e, por outro, uma certificação profissional”, disse o ministro da Educação durante uma visita à Escola Profissional de Almada, em Setúbal.

“Hoje vimos aqui um belo exemplo do que fazem as nossas escolas profissionais e temos um grande objetivo: que 50% dos nossos alunos que terminem o ensino secundário o possam fazer por vias profissionais”, reiterou.

Durante a visita, que assinalou o arranque do ano letivo, Tiago Brandão Rodrigues sublinhou que tanto sociedade como a economia e o mercado de trabalho “precisam de alunos que saiam do ensino profissional”, reforçando, contudo, que também as “universidades e o ensino politécnico precisam verdadeiramente de alunos que também saiam do ensino profissional”.

De acordo com o ministro da Educação, desde 2012 havia discriminação para os alunos do ensino profissional que pretendessem ingressar num curso superior, mas com o atual governo essas barreiras foram esbatidas.

“O acesso dos alunos do ensino profissional e do ensino artístico era diferenciado e havia uma discriminação marcada quando tentavam entrar no ensino superior, com barreiras sucessivas, tendo mesmo que fazer exames de disciplinas que não eram lecionadas nos seus currículos”, explicou.

Acrescentando que “com entrada em vigor do novo decreto-lei, que legisla estas matérias, podemos novamente fazer com que os alunos do ensino artístico e profissional possam ver reconhecido o seu percurso curricular e eliminarmos barreiras no acesso ao superior”.

Ano letivo não será perturbado

À margem deste evento, o governante falou das manifestações anunciadas pelos professores, devido à contabilização do tempo de serviço, considerando que as reivindicações são justas, mas que não acredita que perturbem o ano letivo.

“Só quem não conhece verdadeiramente os docentes portugueses e as nossas comunidades educativas é que pode pensar que as reivindicações, que são justas, podem influenciar aquilo que são os projetos pedagógicos das escolas. Estou absolutamente convencido que o projeto pedagógico de cada uma das nossas escolas em todo o território nacional vai continuar a acontecer, porque a educação das nossas crianças e jovens é prioritária”, sublinhou.

Tiago Brandão Rodrigues referiu também que, é preciso “valorizar os profissionais” e que o Governo “vinculou sete mil docentes e integrou três mil assistentes operacionais”.

“Sabemos que todos os assistentes operacionais são absolutamente fundamentais e temos feito um esforço significativo para termos cada vez mais profissionais que nos permitem dar uma atenção mais especial à educação pré-escolar e ao ensino inclusivo”, disse.

O ministro acrescentou ainda que o Governo tem a “meta de universalizar o pré-escolar aos três anos, para que todas as crianças do país possam ter educação pré-escolar de qualidade na escola pública e gratuita”.

Segundo o governante, para que este objetivo seja atingido, este ano, foram abertas 220 novas salas, o que corresponde a “mais cinco mil vagas na educação pré-escolar”.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Concordo, desde que aquilo a que chama ensino profissional seja efectivamente um ensino técnico suportado por uma adequada componente cientifica, que permita a estes alunos prosseguir mais tarde os estudos superiores se assim o entenderem e demonstrarem capacidades para o efeito.
    O que se tem verificado até hoje é que o ensino profissional é na maioria dos casos um contentor onde se despejam os casos problemáticos.

  2. Pena que na altura em que este e o nº2 do 44 tiraram os cursos não haver ensino profissionalizante. Era por lá que deviam ter seguido os seus caminhos

  3. Finalmente os esquerdolas dão a mão à palmatória pois o ensino profissional nunca deveria ter sido aniquilado só porque vinha do tempo do Salazar, escolas industriais e comerciais, isto de política vingativa fica caro ao país! Restará saber se a qualidade do mesmo irá ao encontro das necessidades do país e dos alunos ou se será uma forma de escape para ali entreterem alunos menos aplicados e depois deitá-los cá para fora sem formação adequada a exemplo do que acontece muitas das vezes.

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