Portugal perdeu entre 13 mil a 19 mil nascimentos com a emigração verificada entre 2011 e 2015, período muito marcado pela troika e em que saíram do país cerca de 48 mil pessoas por ano.
De acordo com o Jornal de Negócios, estes números têm por base uma simulação – tendo em conta dados sobre emigração do INE, o perfil etário dos emigrantes e as taxas de fecundidade registadas em Portugal nos anos da troika.
A estimativa foi realizada pelo Laboratório de Demografia da Universidade de Évora e será apresentada esta sexta-feira numa conferência sobre demografia organizada pelo Conselho Económico e Social (CES), no Porto.
“Caso Portugal tivesse exercido uma força (re)atrativa de fixação sobre estes mesmos emigrantes, o número de nados-vivos registados no nosso país teria efetivamente aumentado”, apontam as conclusões da estimativa.
“Concluímos que ao longo destes anos ter-se-ão ‘perdido’ entre um mínimo de 13.443 e um máximo de 18.981 nados-vivos em resultado da forte emigração registada no país”, aponta o estudo a que o diário teve acesso.