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Khadija foi violada, torturada e tatuada à força durante dois meses de terror. Marrocos pede justiça

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governmentza / Flickr

Mohammed VI, rei de Marrocos

A história violenta de uma jovem que foi raptada e violada por um grupo durante dois meses está a chocar Marrocos, que pede a intervenção do rei.

O caso de Khadija foi divulgado através de uma entrevista a uma estação de televisão, em que a jovem, de apenas 17 anos, contou os dias de terror que viveu durante dois meses. A adolescente, a quem nunca se conheceu o rosto, disse que 12 homens mantiveram-na presa, violaram-na repetidamente e torturaram-na.

A história de Khadija chocou e indignou o país que agora se uniu na condenação destes atos contra a rapariga marroquina. Os pedidos para que o rei Mohammed VI intervenha, de modo a assegurar que estes indivíduos são devidamente condenados, não param de aumentar. Pede-se ainda assistência médica e psicológica para a jovem que viveu dois meses de autêntico terror.

Segundo o semanário Expresso, as fotografias divulgadas pela cadeia televisiva Chouf mostram o corpo de Khadija repleto de queimaduras de cigarros, cortes, nódoas negras e tatuagens.

(dr) Chouf TV

“Durante o mês do Ramadão eu fui passar uma semana com a minha tia a Oulad Ayad”, no centro de Marrocos. “Estava à porta de casa e uns homens pegaram em mim e levaram-me para um armazém num sítio desconhecido. Durante dois meses violaram-me e torturam-me. Não os perdoarei nunca. Eles destruíram-me”, afirmou a jovem.

Dois meses depois, o pai de Khadija conseguiu um acordo com os sequestradores que o fizeram prometer que a jovem nunca iria contar à polícia o sucedido. No entanto, a história espalhou-se à velocidade da luz, motivada pela indignação do povo marroquino. Há, inclusivamente, uma petição que conta com mais de 25 mil assinaturas para que o rei se responsabilize pelos tratamentos da jovem.

Mas não é a única. Há também outras petições que pedem um julgamento rápido dos 12 indivíduos, assim como que as autoridades prestem mais atenção aos crimes cometidos contra as mulheres naquele país, aos quais não é dada atenção suficiente.

À agência France Press, Naima Ouahli, da Associação pelos Direitos Humanos, adiantou que os 12 homens foram presos e serão ouvidos em tribunal no dia 6 de setembro.

ZAP //

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10 Comments

  1. Triste! É muito triste que a cruz que se vê na foto seja apelidada simplesmete de suástica, numa verdadeira alusão ao nazismo, se fizessem uma pequena pesquisa antes de dizerem asneiras saberiam que a cruz que se vê na foto é um simbolo hindu, muito anterior ao nazismo de Hitler…

    • Caro Pedro Sousa,
      Obrigado pelo reparo.
      O “símbolo hindu” a que se refere chama-se suástica. Apenas não é uma “suástica nazi”.
      Não o sendo, optámos por retirar a referência à mesma, por não fazer sentido individualizá-la em relação às restantes tatuagens.

      • Obviamente que é uma suástica mas, e como vocês bem o interpretaram, a alusão “isolada” e descontextualizada, tendo em conta o nosso passado relativamente recente juntamente com uma enorme falta de conhecimento geral, leva a uma interpretação de uma simbologia nazi.

        Agradeço a rectificação bem como a vossa atensiosa mensagem.

    • Na verdade os NAziz inverteram o símbolo..sabendo que ele era um símbolo sagrado, Hitler como Mago negro que era usou o símbolo..a suástica feminina, invertendo uma ponta e usando o símbolo para o MAL..
      Não foi ao acaso..

  2. …e de muitas outras civilizações, religiões e culturas, mas não entendo a lógica de colocar isso em causa no contexto de tão horrível notícia.
    Se fossem piropos de alguém abonado em vez de violações e agressões que a desfiguraram esta jovem para a vida toda seria capa de muitos jornais.
    Não sei que justiça pode ser feita, mas espero que se faça alguma, será que a castração figura entre as penas possíveis?

    • Castração??? É curto… olho por olho, dente por dente…, pénis fora, corte dos principais tendões de pernas e braços para que não consigam usar a força para se defenderem a abandonarem-os numa daquelas prisões de África para serem sodomizados ate á morte, isso com relatos diarios na comunicação social para servirem de exemplo aos outris que um dia pensem numa cousa dessas…mas não, coitadinhos os direitos humanos… puta que os pariu

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