A BMW vai chamar à revisão um total de 324 mil veículos com motor a gasóleo em toda a Europa, devido a perigo de incêndio. Só em Portugal, serão contactados quase 2400 proprietários.
Em resposta à agência Lusa, fonte oficial da sede da empresa alemã informou que em Portugal serão contactados os “clientes de 2359 veículos” para a revisão num concessionário BMW.
“Não haverá custos para os clientes”, garantiu a mesma fonte, acrescentando que o processo demora entre uma a três horas, “dependendo se a parte respetiva tem defeito e tem que ser mudada, ou não”.
Fonte oficial do grupo automóvel em Portugal tinha admitido anteriormente que “um número significativo” no país será contactado.
“A BMW está a trabalhar nesta ação de chamada e prevemos comunicar à nossa rede de serviço até ao final da próxima semana a informação relativa aos veículos afetados. Os clientes serão posteriormente contactados pela rede de serviço BMW para agendar a ação”, segundo a mesma fonte da empresa em Portugal.
A chamada dos veículos ocorre depois de uma investigação do fabricante ter revelado um “mau funcionamento do módulo de recirculação dos gases de escape (EGR) que pode, em casos extremos, originar um fogo em alguns modelos BMW com motores a gasóleo”.
“O BMW Group decidiu levar a cabo uma ação de chamada por forma a analisar o módulo EGR nos modelos BMW Série 3, Série 4, Série 5, Série 6, Série 7, X3, X4, X5, X6 com motores Diesel de 4 cilindros (produzidos entre abril 2015 e setembro 2016) e motores diesel de 6 cilindros (produzidos entre julho 2012 e junho 2015)”, refere informação oficial.
O fabricante referiu que, em alguns casos, o radiador do módulo EGR pode ter fugas de líquido de refrigeração, que se acumula no módulo EGR.
“Quando combinado com sedimentos de óleo, este líquido pode tornar-se combustível. Devido às altas temperaturas dos gases de escape nesta unidade, estes depósitos podem inflamar-se e provocar, em casos extremos, um fogo”, explicou ainda a BMW.
Na Coreia do Sul, foram chamados à revisão, pelo mesmo motivo, 100 mil veículos, depois de vários registos de incêndios nos motores diesel.
ZAP // Lusa