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Descoberto raro híbrido de baleia e golfinho na costa do Havai

(dr) Kimberley A Wood / Cascadia Research

Este será o primeiro híbrido de uma baleia e um golfinho

Um grupo de cientistas confirmou a descoberta nas águas do Havaí, nos Estados Unidos, de um raro híbrido de uma baleia e um golfinho.

Os investigadores do Cascadia Research Collective encontraram o animal em agosto do ano passado, mas só recentemente a descreveram, qualificando-a como um híbrido de baleia Peponocephala electra e de golfinho Steno bredanensis.

De acordo com as análises genéticas, este híbrido resultou do cruzamento de um golfinho-de-dente-duros com uma baleia-cabeça-de-melão – este é o primeiro híbrido conhecido do cruzamento destas espécies.

“Nós tínhamos recolhido fotografias e suspeitávamos que fosse um híbrido de características morfológicas intermediárias entre estas espécies”, disse o biólogo marinho Robin Baird. Segundo o investigador, acredita-se que este seja o primeiro híbrido desta natureza até agora documentado.

“Anteriormente foram registados híbridos entre diferentes tipos de baleias e diferentes tipos de golfinhos, mas este é o primeiro caso entre estas duas espécies, e é só o terceiro caso confirmado pela genética de híbridos nascidos em condições selvagens da família Delphinidae“, ressaltou.

No entanto, não é só o híbrido que é incomum. A baleia-cabeça-de-melão – que os investigadores identificaram como progenitora do animal – é uma espécie relativamente rara nas águas do Havai – estima-se que existam cerca de 200 a 300 indivíduos.

Além disso, os cientistas avistaram uma baleia desta espécie com uma população de golfinhos de dentes duros. De acordo com os biólogos, a “mãe” do híbrido vive agora com a sua nova família.

Tal como as orcas, as baleias-cabeça-de-melão são, na verdade, uma espécie de golfinho ou de delphinidae – e os golfinhos são uma subfamília de baleias. Esta familiaridade entre as espécie permite a reprodução.

No entanto, um novo híbrido não implica necessariamente uma nova espécie. Até porque, é comum que alguns híbridos sejam inférteis, impedindo-os de produzir descendentes viáveis da sua própria espécie.

Já em agosto a equipa de biólogos vai voltar à região para realizar pesquisas adicionais. Por essa altura, esperamos ter novas imagens deste híbrido, a que os cientistas chamaram de Steno bredanensis

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