Esta terça-feira, o PSD de Lisboa propôs que os restos mortais do antigo primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro sejam trasladados para o Panteão Nacional.
A concelhia do PSD-Lisboa propôs, esta terça-feira, “que sejam concedidas honras de Panteão Nacional aos restos mortais de Francisco de Sá Carneiro“, antigo primeiro-ministro e fundador do PPD/PSD.
Num comunicado enviado às redações, os sociais-democratas referem que querem homenagear “o democrata e político, o cidadão corajoso que lutou afincadamente pelas causas da Liberdade, Igualdade, Solidariedade, Justiça, Democracia e Dignidade da Pessoa Humana”.
“Um português ilustre, que é uma referência da nossa História Política Contemporânea e que ainda hoje é fonte de inspiração para muitos dos nossos concidadãos”, acrescentam ainda.
Ao Público, Paulo Ribeiro, líder do PSD-Lisboa, explica que esta proposta é da “exclusiva responsabilidade” da concelhia, acrescentando que cabe agora ao grupo parlamentar do PSD decidir se acolhe esta ideia e se a converte em proposta de resolução.
“Temos essa expectativa”, afirma, acrescentando que também espera encontrar no Parlamento “o reconhecimento o mais alargado possível do papel que Sá Carneiro desempenhou na consolidação do regime democrático e da liberdade”.
Esta proposta surge duas semanas depois de os líderes parlamentares do PSD e do PS terem assinado uma recomendação para que sejam concedidas honras de Panteão Nacional a Mário Soares, antigo chefe de Estado, que faleceu no ano passado, apesar de em 2017 o Parlamento ter colocado um travão a estas honras, impondo 20 anos para alguém que morra as merecer.
Enquanto que Sá Carneiro obedece a este critério, dado que faleceu há já 37 anos, Soares terá de esperar até 2037, a não ser que seja aberta uma exceção, adianta o DN.
O comunicado enviado às redações pelo PSD-Lisboa começa por afirmar que “Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro nasceu no Porto, a 19 de Julho de 1934, e faleceu, assassinado, no dia 4 de Dezembro de 1980″, em Camarate, na queda do avião que vitimou também Adelino Amaro da Costa, do CDS, e outras cinco pessoas.
A sua misteriosa morte já produziu várias comissões de inquérito parlamentar à queda do Cessna onde viajava. Por este motivo, no texto enviado às redações, o PSD diz que á Carneiro “foi assassinado”, numa defesa categórica da tese de atentado
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