A queda de 7.500 metros a pique do avião num voo da Air China deveu-se a um erro do copiloto, que estava a fumar um cigarro electrónico e se enganou a desligar o ventilador, divulgaram as autoridades.
Cerca de meia-hora depois de o voo CA106 desta terça-feria ter partido de Hong Kong, com 153 passageiros a bordo, as máscaras de oxigénio caíram do tecto do avião, que imediatamente desceu a pique mais de 7500 metros.
O avião, um Boeing 737, recuperou depois a altitude e voou em segurança até ao destino final, a cidade de Dalian, no nordeste da China.
Segundo revelaram investigações preliminares divulgadas pelas autoridades, o copiloto tentou, sem avisar o piloto, desligar o ventilador de circulação do ar, para evitar que o fumo chegasse à cabine.
“No entanto, terá por engano desligado o aparelho de ar condicionado que estava ao lado, resultando em oxigénio insuficiente na cabine e um alerta de altitude“, afirmou um responsável da Administração Civil da China, Qiao Yibin, citado pela agência noticiosa oficial chinesa Xinhua.
Segundo diz o responsável do regulador chinês, citado pela BBC, o comandante da aeronave teve que realizar manobras de emergência. Quando um avião perde pressão na cabine, o piloto deve accionar as máscaras de oxigénio e fazer baixar rapidamente a altitude para garantir a segurança do passageiro.
Não foram reportados feridos entre os passageiros ou danos no avião.
“Estamos a investigar as causas em pormenor. Caso se confirmem as suspeitas, vamos atuar de acordo com a lei e as regulações e lidar com esta questão de forma rigorosa”, acrescentou o responsável, segundo o qual estão a ser analisados “em grande detalhe” os registos do voo e a gravação de voz da cabine do cockpit.
Segundo adiantou entretanto o South China Morning Post, a administração da Air China decidiu despedir os pilotos envolvidos no incidente. “Após uma investigação ao incidente, decidimos suspender a tripulação envolvida e terminar os seus contratos, ao abrigo da lei. Os responsáveis por este incidente foram tratados de forma muito séria”, anunciou um responsável da companhia.
Fumar é expressamente proibido em voos comerciais, incluindo cigarros electrónicos, que foram proibidos em 2006.
No entanto, diz a BBC, tem havido relatos de pilotos vistos a fumar em outros voos de companhias chinesas – incluindo o caso de um voo de Hong Kong, para Pequim, em 2015, no qual os passageiros reclamaram do intenso cheiro a fumo de tabaco proveniente da cabine de pilotagem.
Se o avião era um Boeing 737, porque é que a ZAP põe no artigo uma foto de um Boeing 747? Será que são assim tão difíceis de distinguir?
Caro Fernando,
Obrigado pelo reparo.
Sim, o 747, com a sua “corcunda” característica, é inconfundível. Até um Airbus A200 era mais parecido com um 737.
Mas a foto é meramente ilustrativa de uma aeronave da frota da Air China, não representa o aparelho que efectivamente fez o voo CA106.