Giorgui Kvirikachvili anunciou a sua demissão. Segundo a Constituição da Geórgia, esta demissão vai implicar a queda de todo o Governo.
O primeiro-ministro da Geórgia, Giorgui Kvirikachvili, anunciou esta quinta-feira a sua demissão na sequência de manifestações a que aderiram milhares de pessoas e causadas por acusações de tráfico de influência junto do aparelho judicial.
Durante um discurso na televisão, Kvirikachvili afirmou que a decisão de se demitir foi também motivada por “discórdias profundas” com o presidente do partido no poder, Sonho Georgiano, liderado por Bidzina Ivanichvili, influente milionário e ex-primeiro-ministro do país.
De acordo com a Constituição da Geórgia, a demissão do primeiro-ministro vai implicar a queda de todo o governo desta antiga república soviética do Cáucaso.
O partido no poder na Geórgia terá sete dias a partir de hoje para escolher um candidato ao cargo de primeiro-ministro, sendo que o candidato será aceite ou rejeitado pelo presidente do país.
O novo candidato a primeiro-ministro terá de ver o seu nome aprovado pelo parlamento da Geórgia, se bem que o seu partido conta com 115 deputados de um total de 150 lugares.
Nos últimos tempos, a Geórgia tem vivido um período conturbado com diversas manifestações de protesto depois de ter havido uma sentença polémica sobre a morte de dois adolescentes. Dois dos acusados foram absolvidos o que levou a que a população georgiana protestasse contra a sentença.
O procurador-geral do país, Irakli Chotadze, teve de renunciar ao cargo e o processo voltou a ser reaberto sob a pressão dos manifestantes.
// Lusa