O espanhol Luis de Guindos assume, esta sexta-feira, a vice-presidência do Banco Central Europeu (BCE), para um mandato de oito anos, substituindo o português Vítor Constâncio.
O espanhol Luis de Guindos assume hoje o cargo de vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), no dia que será marcado pela votação de uma moção de censura ao governo do Partido Popular de Espanha.
Em 22 de março os chefes de Estado e do Governo da União Europeia (UE) confirmaram formalmente a nomeação do antigo ministro espanhol da Economia.
O Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) adotou também a recomendação para o Conselho Europeu que, após ter consultado o Parlamento Europeu e o Conselho de Governadores do BCE, confirmou, na altura, a nomeação do espanhol.
Em 19 de fevereiro, os ministros das Finanças da zona euro apoiaram a designação de De Guindos para a vice-presidência do BCE.
Já em 14 de março, o Parlamento Europeu havia dado luz verde definitiva, por uma margem curta, à nomeação para vice-presidente do Banco Central Europeu de Luis de Guindos, no meio de críticas sobre o processo de designação.
O ex-ministro espanhol recebeu o voto favorável de 331 deputados, reunidos em sessão plenária em Estrasburgo, mas votaram contra 306 e 64 abstiveram-se.
Os deputados “manifestaram preocupação em relação ao equilíbrio entre homens e mulheres, ao processo de nomeação, ao calendário da nomeação e à independência política”, explicou, na altura, o Parlamento Europeu em comunicado.
Embora tenha uma vasta experiência política, o Diário de Notícias dá conta que Luis de Guindos não tem qualquer traquejo em assuntos monetários, tendo sido esse um dos calcanhares de Aquiles da sua candidatura à vice-presidência do BCE.
Guindos trabalhará ao lado do presidente Mario Draghi, cujo mandato termina em 2019. Há já quem aponte Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, como provável sucessor de Draghi.
ZAP // Lusa