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China já lançou satélite Queqiao para o lado oculto da Lua

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Scientific Visualization Studio/ NASA

A China lançou, esta segunda-feira, um satélite de retransmissão para assegurar a comunicação com a sonda lunar Chang’e-4, que será lançada em breve, para explorar o lado oculto da Lua.

O satélite Queqiao foi transportado por um foguetão Longa Marcha-4C, a partir do centro de lançamento de satélites Xichang, no sudoeste da China, informou a agência noticiosa oficial Xinhua, que cita a Administração Nacional Espacial da China.

“O lançamento é um passo chave para que a China atinja o seu objetivo, de ser o primeiro país a enviar uma sonda para aterrar no lado mais longínquo da Lua“, afirmou Zhang Lihua, responsável pelo lançamento.

25 minutos após o lançamento, o satélite separou-se do foguetão e entrou em órbita.

Cientistas e engenheiros chineses esperam que o Queqiao sirva para os controladores comunicarem com o Chang’e-4, a sonda que, no final do ano, deverá aterrar no lado da Lua não visível da Terra. A sonda irá aterrar na bacia do polo Sul lunar Aitken.

“Desenhamos uma órbita em redor do ponto Terra Lua L2, a partir de onde o satélite transmissor poderá ‘ver’ tanto a terra como o outro lado da Lua”, afirmou Bao Weimin, diretor da Comissão de Ciência e Tecnologia do Espaço Aéreo da China, citado pela Xinhua.

Está previsto que o satélite, que pesa uns 400 quilos, opere durante os próximos três anos.

Além de um conjunto avançado de instrumentos para estudar a superfície lunar, o módulo de aterragem também vai carregar um recipiente cheio de sementes e insetos. O designer, Zhang Yuanxun, explicou ao China Daily que a “embalagem vai enviar batatas, sementes de arabdopsis – uma flor da Ásia e da Europa – e ovos de bicho-da-seda”.

“Os ovos também vão chocar bichos-da-seda capazes de produzir dióxido de carbono, enquanto que as batatas e sementes emitem oxigénio através da fotossíntese. Juntos, conseguem formar um ecossistema simples na Lua”, explicou no início do ano.

Graças à descoberta de água no estado líquido, a comunidade de exploração espacial definiu que aquele será o melhor local para estabelecer uma base lunar. A este respeito, a Chang’E 4 está a investigar a possibilidade de os humanos viverem e trabalharem na Lua.

Em 2013, a China conseguiu aterrar uma sonda espacial na Lua, pela primeira vez, numa proeza só realizada até então pela Rússia e pelos EUA. Até agora, realizou cinco missões tripuladas, a primeira em 2003 e a mais recente em 2013, enviando para o espaço dez astronautas (oito homens e duas mulheres).

O país prevê iniciar, em 2019, a construção de uma estação espacial, que deverá estar concluída em 2022, e terá presença permanente de tripulantes.

ZAP // Lusa

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