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Militares portugueses em tiroteio na República Centro Africana

Miguel A. Lopes / Lusa

Militares portugueses em missão na República Centro Africana envolveram-se  numa troca de tiros na capital, Bangui, durante numa operação de proteção de civis, revelou o Estado-Maior General das Forças Armadas, EMGFA.

No incidente, que não provocou feridos, os militares da Força de Paraquedistas foram chamados a intervir “para responder a uma situação de troca de tiros próximo de uma igreja católica”, numa operação da missão das Nações Unidas na República Centro Africana, MINUSCA, que integra forças portuguesas.

A força portuguesa foi ativada “com o objetivo de proteger os civis e recolher informação para esclarecer a situação”, referiu o EMGFA em comunicado. Foram ainda feitas patrulhas de segurança na área, “mantendo a Força de Reação Rápida portuguesa unidades na área a executar patrulhas e segurança ao local”.

Esta é a segunda vez, em pouco mais de um mês, que militares portugueses em missão na República Centro-Africana estão envolvidos numa troca de tiros.

No início do mês passado, uma patrulha de militares portugueses foi atacada por um grupo armado em Bangui, não se tendo registando baixas, segundo informou então o EMGFA.

Em finais de março, a missão da ONU ameaçou desmantelar todas as bases dos grupos armados presentes no bairro PK5, acusados de atos de violência e abusos contra os habitantes locais, caso estes não entregassem as armas.

A República Centro-Africana é um país atormentado por um conflito desde 2013. As autoridades centro-africanas apenas controlam uma pequena parte do território nacional. Num dos países mais pobres do mundo, vários grupos armados disputam províncias pelo controlo de diamantes, ouro e gado.

No início de março, a 3.ª Força Nacional Destacada (FND) partiu para a República Centro-Africana: um contingente composto por 138 militares, dos quais três da Força Aérea e 135 do Exército, a maioria oriunda do 1.º batalhão de Infantaria Paraquedista.

Estes militares juntaram-se aos 21 que já estavam no terreno, sediados no aquartelamento de Bangui, desde o dia 18 de fevereiro. O atual contingente foi substituir a 2.ª FDN, força com um contingente de 156 militares, na sua maioria do regimento de Comandos, após seis meses de empenhamento nas regiões de Bangui, Bocaranga e Bangassou.

ZAP // Lusa

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