O novo dispositivo desenvolvido por cientistas na Universidade de Waterloo, no Canadá, faz com que o número de células do VIH que se fixam no trato genital feminino diminua.
Já há um implante que protege as mulheres do VIH. Cientistas da Universidade de Waterloo, no Canadá, criaram um implante vaginal que pode combater a transmissão do VIH em mulheres.
De acordo com o estudo, publicado na passada segunda-feira no jornal da universidade, o implante tem a forma de T e, uma vez colocado no local, larga lentamente hidroxicloroquina (HCQ) através do material poroso do tubo.
A hidroxicloroquina é a substância ativa de um medicamento antimalárico e anti-reumático conhecido comercialmente como Plaquinol. Esta substância é absorvida pelas paredes do trato genital, fazendo com que o número de células que o vírus VIH pode fixar nesse local diminua.
Segundo o Diário de Notícias, o grande ponto positivo deste implante é o facto de aproveitar a imunidade natural de algumas mulheres contra o vírus transmissor do VIH.
Além disso, o implante vaginal chega mais facilmente ao local onde as células malignas estão, muito mais eficaz do que alguns medicamentos orais.
“Sabemos que alguns medicamentos tomados por via oral nunca chegam ao trato vaginal, então este implante poderia fornecer uma maneira mais confiável de incentivar as células T a não responderem à infeção e, portanto, a prevenir a transmissão de maneira mais confiável e barata”, explicou Emmanuel Ho, investigador responsável pelo projeto.
Esta investigação mostra que o VIH contamina o corpo ao corromper as células T que são chamadas a intervir pelo sistema imunológico quando pressentem a doença. Quando essas células não tentam combater o vírus não são infetadas.