Uma equipa de cientistas acaba de fazer um avanço revolucionário na batalha contra o Alzheimer. O gene que causa a doença foi identificado e neutralizado pela primeira vez em humanos.
Cientistas do Instituto Gladstones, na Califórnia, EUA, acabam de identificar e neutralizar o gene que causa o Alzheimer, um avanço revolucionário na batalha contra esta doença.
Em vez de experimentar os resultados em cobaias, a equipa de investigadores fez diretamente o teste com células cerebrais humanas, o que torna a investigação, publicada no Nature Medicine, particularmente significativa.
A célula perigosa em questão é chamada de gene apoE4. Os cientistas conseguiram identificar e ainda neutralizar o gene para que não levasse ao desenvolvimento da doença.
A presença do gene apoE4 duplica as probabilidades de uma pessoa desenvolver danos cerebrais. Ter duas cópias aumenta o risco em 12 vezes. Isto ocorre porque o gene produz um certo tipo de proteína com mutações que danifica as células do cérebro humano.
Através da utilização de células estaminais para corrigir o gene, os cientistas foram capazes de interromper a produção desta proteína mortal, eliminar todos os sinais da doença e ainda melhorar a sobrevivência e a função das células.
Os investigadores estão agora a trabalhar com a indústria farmacêutica para melhorar os compostos para que possam ser testados em pacientes humanos.
Segundo Yadong Huang, cientista que liderou a investigação, “o desenvolvimento de fármacos para combater a doença de Alzheimer tem sido uma grande decepção nos últimos dez anos”, cita o The Telegraph.
“Muitas drogas funcionam muito bem, num modelo com cobaias, mas até agora falharam sempre em testes clínicos. Uma preocupação dentro deste campo tem sido o quão mal esses modelos realmente imitam as doenças humanas”, acrescenta.
ZAP // Ciberia