As unidades hoteleiras do Algarve começaram a subir os preços, nas férias da Páscoa, para evitar receber viagens de finalistas do 12.º ano e todos os problemas associados a estes grupos de estudantes.
Segundo o Diário de Notícias, há mais de dez anos que as unidades hoteleiras da região do Algarve evitam receber finalistas do 12.º ano nas férias da Páscoa. Para afastar as agências que organizam este tipo de viagens, os hotéis começaram a subir os preços das estadias e das cauções.
“É uma área de negócio que não tem interesse, nem oferece rentabilidade para os hotéis. Além de não compensar financeiramente, não podemos dissociar esta estratégia das questões de ordem comportamental”, explica Elidérico Viegas, presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), ao jornal.
Além disso, o responsável também faz questão de lembrar os “comportamentos menos corretos, conflitos, deterioração de equipamentos” associados a estas viagens de finalistas. Apesar de reconhecer que nem todos têm estes “comportamentos desviantes”, o presidente da AHETA afirma que é uma situação em que “acaba por pagar o justo pelo pecador”.
De acordo com o diário, os problemas causados no passado fizeram com que os hotéis começassem a pedir “garantias relativas à conservação dos equipamentos” e “depósitos para suportar as despesas resultantes de equipamentos deteriorados”.
No geral, afirma Elidérico Viegas, “não se aceitam grupos de finalistas” no Algarve e, quando ainda eram aceites, “pediam-se depósitos mais significativos e praticavam-se preços menos competitivos, o que desviou os grupos para outros destinos”, nomeadamente para território espanhol.