O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) anunciou que os dadores querem suspender o auxílio financeiro às operações no Uganda porque há suspeitas de que o número de refugiados tenha sido inflacionado para receber mais dinheiro.
O Governo do Uganda, as Nações Unidas e a União Europeia abriram inquéritos e os investigadores estão a verificar vários casos como se os alimentos e outros produtos destinados aos refugiados foram vendidos, se foram pagos subornos e se houve tráfico de raparigas.
Na semana passada, o Governo do Uganda anunciou que alargou o âmbito do inquérito de modo a apurar se houve membros do ACNUR e do Programa Mundial Alimentar envolvidos, assim como funcionários públicos corruptos.
Segundo o Público, a porta-voz do ACNUR, Teresa Ongalo, disse que os dadores estão a questionar-se sobre o real número de refugiados no país. “Receiam que o número não esteja correto. Deram-nos indicação de que até os números serem verificados os fundos serão suspensos.”
O levantamento dos refugiados está a ser realizado pelo ACNUR e pelo Governo. No entanto, esta suspensão levará a cortes nas doses de alimentos nos campos de refugiados, cujo número aumentou nos últimos anos.
Estima-se que haja 1,4 milhões de refugiados no país, incluindo mais de meio milhão no Sudão Sul. Outros refugiados no Uganda são do Burundi e da República Democrática do Congo.