O candidato à presidência do PSD Rui Rio alertou esta sexta-feira, em Barcelos, que o partido corre o perigo de praticamente desaparecer se não se renovar e não se abrir à sociedade.
“Se nos deixarmos cair, se baixarmos os braços, o que pode acontecer ao PSD é aquilo que já aconteceu a outros grandes partidos noutros países”, afirmou Rio, apontando como exemplo o Partido Socialista francês.
Falando durante um almoço que juntou cerca de 350 apoiantes da sua candidatura, Rui Rio disse que o Partido Socialista francês “quase desapareceu” nas últimas eleições presidenciais, com o seu candidato a conseguir 8 por cento, numa altura em que na presidência estava o também socialista François Hollande.
“Se não olharmos lá para fora, para o que está a acontecer a outros, e olharmos ao mesmo tempo para o que são os avisos que temos cá dentro, corremos o risco de nos acontecer a mesma coisa, quase desaparecer”, sublinhou o ex- presidente da Câmara do Porto.
Rui Rio apontou precisamente o número de presidências de câmara detidas pelo PSD, que “tem vindo sempre a cair”, passando de 157 em 2005 para as atuais 98.
“Temos vindo sempre a cair em presidências de câmara e de juntas”, enfatizou, apontando os resultados conseguidos pelo PSD, este ano, para as câmaras de Lisboa e Porto, respectivamente 11% e 10%.
Rio realçou que 10% “era mais ou menos” a votação que tinha o Partido Comunista quando ganhou a Câmara do Porto, 3 vezes consecutivas, e que o PSD tem vindo a perder militantes, ânimo e quadros, porque “se tem vindo a fechar” e não se tem renovado. Para o candidato, o PSD “não se pode divorciar da sociedade”, deve ter a sociedade “dentro de si”.
Crescimento baseado no consumo: a Troika de volta
O candidato à presidência do PSD acusou na mesma ocasião o Governo de prosseguir o crescimento económico pela via do consumo, alertando que esse modelo significará o regresso a Portugal de “uma ‘troika’ qualquer”.
“O crescimento económico tem de ser feito por mais exportações e mais investimento e não por mais consumo, que é aquilo que é o modelo que está atualmente no Governo, muito condicionado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP”, referiu.
Rio enfatizou que o crescimento pela via do consumo poderá colocar Portugal novamente em situação de intervenção externa. “Se for feito por via do consumo, acontece-nos outra vez o que nos aconteceu há uns anos atrás e temos qualquer dia outra vez uma ‘troika’ qualquer, que já cá esteve três vezes desde o 25 de abril, a bater-nos à porta”.
Para o ex-presidente da Câmara do Porto, Portugal tem de aprender com o passado e “fazer diferente”, enveredando por políticas que apoiem o investimento e as exportações, e “ter as contas em ordem”, para poder ter uma economia mais saudável, para poder pagar melhores salários e para dar melhores condições de vida às pessoas.
“Esta é que é a lógica das coisas: temos de ter as contas equilibradas porque só com contas equilibradas é que podemos ter uma economia a crescer capaz de dar aquilo que nós queremos, que é mais consumo. Mais consumo tem de ser uma consequência lógica de uma economia que produz”, disse ainda.
Para Rio, as linhas de força da sua candidatura são a competitividade da economia, a realização de reformas estruturais, uma sociedade mais coesa com uma classe média “muito grande” e o fortalecimento da democracia.
// Lusa
Está a dizer que o PAF não aumentou as exportações? Não há dinheiro e quer fazer investimentos? Este gajo é doido. Nunca diz nada em concreto.
Começo a ficar seriamente preocupado com o futuro do PSD (e do país)…
Com o Santana já não se esperava muito, mas cada vez que o Rui Rio abre a boca, fico mais preocupado…
Com um psd que apenas deita abaixo em tudo o que toca, não sabe fazer oposição construtiva apenas destrutiva, se não for feito pelo psd está sempre mal feito, mais vale mesmo desaparecer!