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Racionar a água na realidade aumenta “irracionalmente” o consumo

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O ministro do Ambiente explicou, esta terça-feira, que racionalizar água no sentido de corte nunca é uma medida positiva, porque aumenta o consumo.

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, explicou esta terça-feira, num workshop sobre a “Gestão da Água nos rios internacionais: novos desafios e oportunidades”, que racionalizar água tem um efeito contrário, fazendo com que o consumo se torne abundante e ainda mais irracional.

“Nunca achamos que seja uma medida positiva a racionalização no sentido do corte porque a experiência mostra abundantemente que, quando isso acontece, o consumo torna-se ainda mais irracional. As pessoas na iminência de ficar sem água enchem a banheira e os recipientes que têm e, no dia a seguir, quando têm água esvaziam tudo“, explica.

À semelhança dos últimos tempos, o governante reafirmou que o Governo “tudo está a fazer” para que não falte água aos portugueses.

Segundo o Sábado, o ministro apela aos portugueses que continuem a poupar água, redirecionando principalmente o pedido às pessoas que vivem em zonas onde a seca é mais evidente.

“Para conseguirmos ter sucesso precisamos do empenho de todos os portugueses para que racionalizem ao máximo os seus consumos“, pede Matos Fernandes.

Este assunto surge no rescaldo das diferentes declarações feitas pelo ministro e pelo secretário de Estado do Ambiente sobre o racionamento de água à noite, há uma semana.

Carlos Martins, o secretário de Estado do Ambiente, admitiu que esta é a seca mais longa que o país já viveu e admitiu o racionamento de água durante a noite, em algumas localidades, aconselhando a população a ter cautela nos gastos.

No entanto, Matos Fernandes disse tratar-se apenas de uma “hipótese teórica”, afirmando que as medidas de racionamento de água “estão no fim da linha” e que não fazia “sentido nenhum pensar nelas agora”.

Na altura, o ministro do Ambiente frisou ainda que a decisão de racionalizar água é da autarquia, realçando a “quase certeza” do Governo de que esta medida não iria ser necessária.

ZAP //

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