A adesão à greve dos profissionais de saúde ronda os 85%, com muitos serviços adiados e alguns centros de saúde encerrados devido a este protesto a que também estão a aderir médicos e enfermeiros, segundo fonte sindical.
Segundo o secretário-geral da Federação Sindical da Administração Pública (FESAP), José Abraão, a adesão nos turnos da manhã está a ser “superior” à das primeiras horas, com muitos assistentes técnicos e operacionais a aderir ao protesto.
A greve foi convocada pelas estruturas da UGT (FESAP) e da CGTP-IN (Frente Comum) e os dados relativos às primeiras horas do protesto, iniciado às 0:00 de hoje, apontavam para uma adesão acima dos 80%.
O dirigente lembrou que esta é uma paralisação dos assistentes técnicos, dos assistentes operacionais e também dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, cuja carreira foi recentemente negociada, mas ainda não está regulamentada, e que estão em greve há 20 dias.
Entre as motivações deste protesto está a falta de acordo coletivo de trabalho para 40 mil profissionais de saúde com contratos individuais de trabalho, mas que não beneficiam do descongelamento das carreiras, nem têm horário semanal de 35 horas, sobretudo dos hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais).
Segundo José Abrão, o impacto da greve é maior nas consultas programadas, nos exames e também nas cirurgias. O dirigente sindicalista adiantou que o protesto está a ser igualmente muito significativo nos centros de saúde e unidades de saúde familiar.
Alguns médicos e enfermeiros estão igualmente a aderir a este protesto, o que se deve ao “grande descontentamento que se vive no setor”, disse José Abraão.
“Há uma revolta muito grande, principalmente dos assistentes operacionais que se sentem abandonados”, disse, sublinhando: “Os profissionais de saúde não são só os médicos e enfermeiros”.
Segundo o Expresso, os sindicatos foram chamados ao Ministério da Saúde para se reunirem com o secretário de Estado, mas a Federação Nacional dos Sindicatos e Funções Públicas e Sociais não vai estar presente. Orlando Gonçalves diz que foram convocados em cima da hora e que não têm obrigação de se reunirem com o Ministério em dia de greve.
ZAP // Lusa